LESÕES OSTEOLÍTICAS EM CONTEXTO DE MIELOMA MÚLTIPLO
Doenças oncológicas - Imagens em Medicina
Congresso ID: IMG148 - Resumo ID: 1050
Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia / Espinho
Mariana Fidalgo, Sofia Pereira, Manuela Sequeira
Homem de 46 anos recorreu ao Serviço de Urgência por quadro com 2 meses de evolução de dor torácica constante, a limitar a excursão inspiratória e agravada com os movimentos e a palpação; sem outras queixas. Sem antecedentes patológicos relevantes.
Observado múltiplas vezes em Moçambique, onde reside habitualmente, sem diagnóstico etiológico ou controlo da dor, apesar de terapêutica analgésica múltipla. Terá recorrido a terapia alternativa com ventosas, que originou múltiplas equimoses e flictenas de conteúdo sero-hemático.
Exame objetivo: pálido e polipneico (FR 36cpm); normotenso (146/75mmHg), normocárdico (76bpm) e apirético. Dor à palpação global do tórax. Gasimetria de sangue arterial: alcalose metabólica e hipercalcemia grave (1.92). Analiticamente: hemoglobina 9.7g/dL, sem leucocitose, com PCR 58.1mg/L; creatinina 2.48mg/dL.
TC toracoabdominopélvico: segmentos ósseos – incontáveis lesões líticas dispersas por todo o esqueleto axial e apendicular; fratura patológica no 6º arco costal esquerdo e 7º arco costal direito.
Internado para controlo sintomático e estudo etiológico. Da investigação realizada salienta-se:
- gamapatia monoclonal de tipo IgA, com beta2-microglobulina 13.7mg/L.
- electroimunifixação urina: imunoglobulina monoclonal IgA-kappa
- biópsia de medula óssea: infiltração marcada por plasmócitos atípicos e pleomórficos - mieloma de plasmócitos.
O mieloma múltiplo é uma doença dos adultos mais velhos, sendo que apenas 10% dos doentes tem menos de 50 anos. Por essa razão, o diagnóstico em idades jovens é frequentemente tardio, podendo resultar numa menor eficácia terapêutica pelo atraso na sua instituição. Como tal, na presença de dor óssea não controlada, com ou sem hipercalcemia ou alterações da função renal, independentemente da idade, é fundamental excluir esta patologia.
Com este caso pretende ainda alertar-se para a importância de informar a população e regulamentar as terapias alternativas, por apresentarem potencial lesivo significativo.
Observado múltiplas vezes em Moçambique, onde reside habitualmente, sem diagnóstico etiológico ou controlo da dor, apesar de terapêutica analgésica múltipla. Terá recorrido a terapia alternativa com ventosas, que originou múltiplas equimoses e flictenas de conteúdo sero-hemático.
Exame objetivo: pálido e polipneico (FR 36cpm); normotenso (146/75mmHg), normocárdico (76bpm) e apirético. Dor à palpação global do tórax. Gasimetria de sangue arterial: alcalose metabólica e hipercalcemia grave (1.92). Analiticamente: hemoglobina 9.7g/dL, sem leucocitose, com PCR 58.1mg/L; creatinina 2.48mg/dL.
TC toracoabdominopélvico: segmentos ósseos – incontáveis lesões líticas dispersas por todo o esqueleto axial e apendicular; fratura patológica no 6º arco costal esquerdo e 7º arco costal direito.
Internado para controlo sintomático e estudo etiológico. Da investigação realizada salienta-se:
- gamapatia monoclonal de tipo IgA, com beta2-microglobulina 13.7mg/L.
- electroimunifixação urina: imunoglobulina monoclonal IgA-kappa
- biópsia de medula óssea: infiltração marcada por plasmócitos atípicos e pleomórficos - mieloma de plasmócitos.
O mieloma múltiplo é uma doença dos adultos mais velhos, sendo que apenas 10% dos doentes tem menos de 50 anos. Por essa razão, o diagnóstico em idades jovens é frequentemente tardio, podendo resultar numa menor eficácia terapêutica pelo atraso na sua instituição. Como tal, na presença de dor óssea não controlada, com ou sem hipercalcemia ou alterações da função renal, independentemente da idade, é fundamental excluir esta patologia.
Com este caso pretende ainda alertar-se para a importância de informar a população e regulamentar as terapias alternativas, por apresentarem potencial lesivo significativo.
