NODULO CUTÂNEO A ESCLARECER
Doenças oncológicas - E-Poster
Congresso ID: P703 - Resumo ID: 1064
Medicina 2.1; Hospital Santo António dos Capuchos; Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central
Cláudia Janeiro, Rita Santos, João Teixeira, Pedro Mesquita, Rosário Eça, Luís Vale
Introdução: Os nódulos cutâneos podem ter múltiplas etiologias consoante a apresentação e sintomatologia associada. Os autores relatam o caso de uma doente com tumor primário do pâncreas com metastização cutânea.
Caso clínico: Doente do sexo feminino, 74 anos, com antecedentes de hipertensão arterial, doença cerebrovascular e diabetes mellitus tipo 2, observada na urgência no contexto de queda com perda de consciência e traumatismo craneoencefálico. Da história apurava-se quadro de confusão com cerca de 2 meses de evolução, anorexia, perda ponderar significativa e alterações do trânsito intestinal com alternância entre diarreia e obstipação. À observação constatou-se abdómen distendido com nódulo cutâneo de consistência dura e indolor de localização supra-umbilical. Analiticamente com hiponatrémia 120 mmol/L, sem outras alterações relevantes, tendo ficado internada para estudo. Do estudo complementar realizado em internamento destaca-se TAC T/A/P com lesão da cauda do pâncreas sugestiva de neoplasia, localmente avançada com sinais de carcinomatose peritoneal. Para diagnóstico histológico realizou punção do nódulo cutâneo que revelou metástase cutânea de adenocarcinoma do pâncreas. Foi discutido caso com Oncologia e familiares da doente e, após ponderação do risco/beneficio, atendendo a idade e comorbilidades, optou-se por não iniciar quimioterapia, tendo tido alta orientada para a consulta de Medicina Paliativa.
Discussão: A incidência da neoplasia do pâncreas nas últimas décadas tem vindo a aumentar e actualmente é a 4ª causa de mortalidade associada a cancro no mundo Ocidental e Estados Unidos. Na maioria dos casos, 80-90%, a doença já se encontra localmente avançada ou metastática na altura do diagnóstico. As metástases cutâneas nesta neoplasia são raras, surgem mais frequentemente na região peri-umbilical, denominando-se nódulo Sister Mary Joseph. Apesar dos avanços no tratamento dos tumores sólidos, nesta fase o único tratamento disponível é paliativo e dirigido à sintomatologia. O prognóstico é reservado, com tempo médio de sobrevida de 3 a 6 meses. Este caso é interessante por se tratar de uma forma de apresentação e metastização raras de neoplasia do pâncreas.
Caso clínico: Doente do sexo feminino, 74 anos, com antecedentes de hipertensão arterial, doença cerebrovascular e diabetes mellitus tipo 2, observada na urgência no contexto de queda com perda de consciência e traumatismo craneoencefálico. Da história apurava-se quadro de confusão com cerca de 2 meses de evolução, anorexia, perda ponderar significativa e alterações do trânsito intestinal com alternância entre diarreia e obstipação. À observação constatou-se abdómen distendido com nódulo cutâneo de consistência dura e indolor de localização supra-umbilical. Analiticamente com hiponatrémia 120 mmol/L, sem outras alterações relevantes, tendo ficado internada para estudo. Do estudo complementar realizado em internamento destaca-se TAC T/A/P com lesão da cauda do pâncreas sugestiva de neoplasia, localmente avançada com sinais de carcinomatose peritoneal. Para diagnóstico histológico realizou punção do nódulo cutâneo que revelou metástase cutânea de adenocarcinoma do pâncreas. Foi discutido caso com Oncologia e familiares da doente e, após ponderação do risco/beneficio, atendendo a idade e comorbilidades, optou-se por não iniciar quimioterapia, tendo tido alta orientada para a consulta de Medicina Paliativa.
Discussão: A incidência da neoplasia do pâncreas nas últimas décadas tem vindo a aumentar e actualmente é a 4ª causa de mortalidade associada a cancro no mundo Ocidental e Estados Unidos. Na maioria dos casos, 80-90%, a doença já se encontra localmente avançada ou metastática na altura do diagnóstico. As metástases cutâneas nesta neoplasia são raras, surgem mais frequentemente na região peri-umbilical, denominando-se nódulo Sister Mary Joseph. Apesar dos avanços no tratamento dos tumores sólidos, nesta fase o único tratamento disponível é paliativo e dirigido à sintomatologia. O prognóstico é reservado, com tempo médio de sobrevida de 3 a 6 meses. Este caso é interessante por se tratar de uma forma de apresentação e metastização raras de neoplasia do pâncreas.