O PESO DAS ARTRALGIAS
Doenças autoimunes, reumatológicas e vasculites - E-Poster
Congresso ID: P060 - Resumo ID: 1126
Centro Hospitalar de Leiria (CHL), Hospital de Santo André (HSA), Leiria, Portugal
Cláudia Antunes, Ana Ponciano, Adélia Miragaia
Introdução: A doença de Paget é uma patologia óssea focal crónica caracterizada por uma alta taxa de remodelação do osso. Afecta principalmente indivíduos do sexo masculino e a prevalência aumenta com a idade. Desconhece-se a sua etiologia, embora se saiba que existem factores genéticos e virais envolvidos na sua fisiopatologia. A maioria dos doentes são assintomáticos, contudo, podem apresentar dor e deformidade óssea e fracturas, sinais e sintomas que, pela elevada prevalência em doentes idosos, dificultam o diagnóstico, principalmente se não colocada essa hipótese.
Caso Clínico: Doente do sexo masculino, de 64 anos, com antecedentes de hipertensão arterial, hiperuricémia e obesidade, com índice de massa corporal de 39 kg/m2, seguido em consulta de medicina interna que inicia quadro de dor nas articulações sacroilíacas e gonalgia bilateral de agravamento progressivo, moderada intensidade, sem irradiação, persistente, sem história de queda ou trauma. Foram solicitadas radiografias à bacia que revelaram áreas de hipotransparência em localizações de tecido ósseo. Analiticamente com elevação da fosfatase alcalina 237 U/L, sem outras alterações nomeadamente no doseamento do cálcio ou fósforo. Perante este achado imagiológico foi colocada a hipótese de doença de Paget e solicitada cintigrafia óssea que revelou marcada captação de radiofármaco abrangendo praticamente todos os ossos da hemibacia esquerda, coluna vertebral a nível de D10 e L1, terço externo do nono arco costal e um foco no crânio a nível do frontal esquerdo com aspecto sugestivo de doença de Paget.
Discussão: É a combinação da história clínica e de exames complementares que permite a colocação da hipótese do diagnóstico de exclusão de Doença de Paget. O facto desta doença ser mais frequente na população idosa, com sintomatologia inespecífica e prevalente nesta faixa etária, com achados radiológicos que podem ser confundidos com metástases ósseas é importante que exista suspeição clínica. Salienta-se ainda no caso clínico a presença de obesidade que, ao condicionar patologia articular por sobrecarga, constituía uma provável etiologia para as queixas do doente, que poderia ter condicionado a investigação clínica.
Caso Clínico: Doente do sexo masculino, de 64 anos, com antecedentes de hipertensão arterial, hiperuricémia e obesidade, com índice de massa corporal de 39 kg/m2, seguido em consulta de medicina interna que inicia quadro de dor nas articulações sacroilíacas e gonalgia bilateral de agravamento progressivo, moderada intensidade, sem irradiação, persistente, sem história de queda ou trauma. Foram solicitadas radiografias à bacia que revelaram áreas de hipotransparência em localizações de tecido ósseo. Analiticamente com elevação da fosfatase alcalina 237 U/L, sem outras alterações nomeadamente no doseamento do cálcio ou fósforo. Perante este achado imagiológico foi colocada a hipótese de doença de Paget e solicitada cintigrafia óssea que revelou marcada captação de radiofármaco abrangendo praticamente todos os ossos da hemibacia esquerda, coluna vertebral a nível de D10 e L1, terço externo do nono arco costal e um foco no crânio a nível do frontal esquerdo com aspecto sugestivo de doença de Paget.
Discussão: É a combinação da história clínica e de exames complementares que permite a colocação da hipótese do diagnóstico de exclusão de Doença de Paget. O facto desta doença ser mais frequente na população idosa, com sintomatologia inespecífica e prevalente nesta faixa etária, com achados radiológicos que podem ser confundidos com metástases ósseas é importante que exista suspeição clínica. Salienta-se ainda no caso clínico a presença de obesidade que, ao condicionar patologia articular por sobrecarga, constituía uma provável etiologia para as queixas do doente, que poderia ter condicionado a investigação clínica.