Serviço de Medicina Interna do CHUC e Clínica Universitária de Medicina Interna da FMUC

Doente do sexo feminino, 65 anos, previamente saudável, recorreu ao Serviço de Urgência por cefaleia fronto-temporal, claudicação mandibular e artérias temporais ruborizadas, ingurgitadas e dolorosas (imagem 1 e 2), com um mês de evolução. Associadamente referia agravamento de hipertensão arterial anteriormente controlada e dor marcada ao pentear o cabelo. Hemodinamicamente estável, sem outras alterações relevantes ao exame objectivo. Velocidade de sedimentação elevada (96mm/h) e leucocitose com neutrofilia discretas. Por alta suspeição clínica de arterite de células gigantes, foi realizado ecoDoppler dos vasos cranianos, que mostrou espessamento focal da parede de ambas as artérias temporais, com halo hipoecogénico (imagem 3), um sinal com especificidade de 90-100%, confirmando o diagnóstico.