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FASCEÍTE NECROTIZANTE E A UTILIDADE DA IMAGIOLOGIA CONVENCIONAL
Doenças infeciosas e parasitárias - Imagens em Medicina
Congresso ID: IMG188 - Resumo ID: 1296
Serviço de Medicina Interna, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Clínica Universitária de Medicina Interna, FMUC
Sandra Santos, Ana Guiomar, Rita Reigota, João Rua, Armando Carvalho
Mulher de 84 anos, parcialmente dependente, com antecedentes pessoais de diabetes mellitus e perturbação maníaco-depressiva, levada ao serviço de urgência por exantema na face interna da coxa direita e hipotensão arterial. À admissão, quadro de sépsis com foco em úlcera de pressão de grau IV ao nível da região isquiática direita, com cerca de 4 cm, cheiro fétido e tecido necrosado; aparente colecção com extensão para a face posterior da coxa, com sinais inflamatórios marcados dos tecidos circundantes; enfisema subcutâneo de toda a face antero-medial da coxa direita, cuja radiografia (imagem 1 e 2) mostrou numerosos focos gasosos, permitindo o diagnóstico de fasceíte necrotizante. Trata-se duma infecção bacteriana rara e grave, destrutiva e rapidamente progressiva do tecido subcutâneo e fáscia superficial, associada a altos índices de morbimortalidade se não for tratada precocemente. O estado clínico da doente não permitiu cirurgia de desbridamento alargado, pelo que, apenas foi iniciada antibioterapia de largo espectro, que não impediu a evolução para um choque séptico e morte da doente.