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UM CASO DE LESÃO SECUNDÁRIA DA ÓRBITA
Doenças oncológicas - Imagens em Medicina
Congresso ID: IMG189 - Resumo ID: 1309
Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira
Magda Garça, Maria Beatriz Santos, Pedro Cota, Joana Carreiro, Felipe Gamboa, Patrícia Fragata, Vanessa Ventura, Paulo Ávila, Almerindo Rego
Mulher de 75 anos, com antecedentes de doença renal crónica, hipertensão arterial e Doença de Parkinson. Trazida ao Serviço de Urgência por quadro de astenia e calafrios com 2 dias de evolução. Negava febre, trauma, alterações gastrointestinais, dor torácica ou défices neurológicos. À observação: hemodinamicamente estável apirética, sem alterações dignas de destaque.
Do estudo complementar realizado: analiticamente com elevação da LDH e PCR. Radiografia torácica e urina II sem alterações.
Para esclarecimento etiológico é internada no Serviço de Medicina Interna.
Do estudo imagiológico realizado foi identificada lesão pulmonar, suspeita de lesões secundárias a nível ósseo, cerebral e ganglionar, destancando-se lesão nodular (21 x 22 mm), tecidular, captante, que inunda o buraco óptico tendo relação com o nervo óptico, músculo recto interno, condicionando lise da parede interna da órbita com inundação da célula etmoidal. (Imagem 1)
Realizou RNM cranioencefálica para melhor caracterização, que revela lesão na vertente superior da órbita direita, condicionando desvio inferior do complexo muscular superior, do nervo óptico e do músculo reto medial, sem condicionar relevante proptose ocular; estende-se póstero-superiormente ao longo do teto da órbita, encontrando-se na proximidade do ápice orbitário e da fissura orbitária superior, mas não há sinais inequívocos de compressão do nervo óptico nesta topografia. Lesão ocupando espaço justacortical frontal parassagital direita, de configuração arredondada e de limites bem definidos, com cerca de 7,5mm de diâmetro máximo anteroposterior. (Imagem 2 e 3)
Clinicamente sem alterações da acuidade visual ou mobilidade ocular.
Efetuou biopsia transtorácica que identificou adenocarcinoma do pulmão.
Os carcinomas de mama e pulmão são os que mais frequentemente metastizam para a órbita e o olho, sendo os locais mais frequentemente afectados os ossos da órbita, a coróide e o espaço retrobulbar