CAVITAÇÕES PULMONARES - SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS
Doenças infeciosas e parasitárias - Imagens em Medicina
Congresso ID: IMG198 - Resumo ID: 1429
Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central
Ana Teresa Costa, Susana Conceição, António Trigo, Rita Prayce, Filipa Quaresma, Liliana Dias
As lesões pulmonares cavitadas são manifestações de uma grande variedade de processos patológicos que envolvem o pulmão. As características e localização das cavitações são importantes para o diagnóstico diferencial destas lesões, que inclui etiologias diversas, nomeadamente infecciosa (aguda ou crónica), maligna e auto-imune.
Apresentam-se 2 casos de lesões pulmonares cavitadas cujos aspectos imagiológicos, apesar de semelhantes, são resultantes de patologias díspares, enfatizando a importância do diagnóstico diferencial para a nossa prática clínica.
Em ambos os casos as doentes tinham dispneia com hipoxémia, febre, e hipotransparências nodulares difusas na radiografia de tórax (imagem 1Ae 1B) que se traduziram em lesões cavitadas na TC de tórax (imagem 2A e 2B).
O primeiro caso diz respeito a uma mulher de 65 anos, diabética tipo 2, insulinotratada e com mau controlo metabólico, cujas lesões cavitadas foram de etiologia infecciosa. A doente apresentou-se com uma lesão necrótica do pé direito, com um mês de evolução, e fleimão associado, que resultou em bacteriémia a Klebsiella pneumoniae com embolização séptica pulmonar e formação de múltiplas cavitações periféricas. No segundo caso a etiologia foi neoplásica, numa doente com carcinoma invasivo da vulva com disseminação ganglionar, pulmonar e pleural, sem isolamento de qualquer agente infecioso.
No que diz respeito aos processos patológicos implicados, no primeiro caso as lesões cavitadas são formadas pela embolização de pequenos trombos sépticos que se disseminam a partir de um foco infeccioso extra-pulmonar, pelo sistema venoso, até se alojarem a nível pulmonar. No segundo caso a cavitação forma-se pela descamação interna de células tumorais e subsequente liquefação interna.
Assim, apesar das características imagiológicas semelhantes, a investigação diagnóstica foi fundamental para identificação e correcta abordagem destes dois casos.
Apresentam-se 2 casos de lesões pulmonares cavitadas cujos aspectos imagiológicos, apesar de semelhantes, são resultantes de patologias díspares, enfatizando a importância do diagnóstico diferencial para a nossa prática clínica.
Em ambos os casos as doentes tinham dispneia com hipoxémia, febre, e hipotransparências nodulares difusas na radiografia de tórax (imagem 1Ae 1B) que se traduziram em lesões cavitadas na TC de tórax (imagem 2A e 2B).
O primeiro caso diz respeito a uma mulher de 65 anos, diabética tipo 2, insulinotratada e com mau controlo metabólico, cujas lesões cavitadas foram de etiologia infecciosa. A doente apresentou-se com uma lesão necrótica do pé direito, com um mês de evolução, e fleimão associado, que resultou em bacteriémia a Klebsiella pneumoniae com embolização séptica pulmonar e formação de múltiplas cavitações periféricas. No segundo caso a etiologia foi neoplásica, numa doente com carcinoma invasivo da vulva com disseminação ganglionar, pulmonar e pleural, sem isolamento de qualquer agente infecioso.
No que diz respeito aos processos patológicos implicados, no primeiro caso as lesões cavitadas são formadas pela embolização de pequenos trombos sépticos que se disseminam a partir de um foco infeccioso extra-pulmonar, pelo sistema venoso, até se alojarem a nível pulmonar. No segundo caso a cavitação forma-se pela descamação interna de células tumorais e subsequente liquefação interna.
Assim, apesar das características imagiológicas semelhantes, a investigação diagnóstica foi fundamental para identificação e correcta abordagem destes dois casos.
