CISTICERCOSE – UMA IMAGEM RARA NO MUNDO OCIDENTAL
Doenças infeciosas e parasitárias - Imagens em Medicina
Congresso ID: IMG202 - Resumo ID: 1441
Hospital de Cascais - Dr. José de Almeida; Serviço de Medicina Interna
Carolina Fabião Sequeira, Marta Custódio, Madalena Sousa Silva, Tânia Strecht, Ana Paula Antunes, Anabela Salgueiro Marques
A cisticercose é uma parasitose causada por cistos de larvas (cisticercos) da Taenia solium. Ainda endémica nalgumas regiões do mundo em desenvolvimento, é hoje uma doença residual na Europa, graças à melhoria das condições de saneamento e vigilância veterinária, sendo cada vez mais raro encontrarmos esta imagem.
Apresentamos o caso de um doente do sexo masculino com 79 anos, natural de Viseu, com história pregressa de consumo de carne suína mal cozinhada, cujas radiografias do membro inferior esquerdo, pedidas por queixas álgicas de longa data, revelaram lesões dispersas calcificadas em forma de charuto, sugestivas de cisticercose músculo-cutânea. A avaliação física e analítica foi inocente e a tomografia computorizada crânio-encefálica excluiu envolvimento central.
O Homem torna-se portador da ténia (teníase intestinal) ao consumir carne suína mal cozinhada contendo cisticercos. Estes evoluem para formas adultas no intestino e produzem ovos que são excretados nas fezes, perpetuando o seu ciclo de vida através de transmissão fecal-oral.
Após ingestão de produtos contaminados com ovos do parasita, estes invadem a parede intestinal e sofrem disseminação hematogénea em forma de embriões, pelo sistema hepato-portal, podendo afectar virtualmente qualquer tecido do hospedeiro.
Em termos clínicos distingue-se entre neurocisticercose e cisticercose extraneural, com atingimento mais comum do fígado, coração, tecido muscular e subcutâneo .
A neurocisticercose é a principal causa de epilepsia no mundo em desenvolvimento. O envolvimento dos tecidos moles cursa frequentemente com calcificação dos cisticercos que é geralmente assintomático, mas também pode causar tumefacções, fazendo diagnóstico diferencial com condições inflamatórias, infecciosas e mesmo tumorais. O diagnóstico é sobretudo imagiológico, já que os testes serológicos possuem baixa sensibilidade. O tratamento depende das manifestações clínicas, localização, número e estadio maturativo do parasita.
Apresentamos o caso de um doente do sexo masculino com 79 anos, natural de Viseu, com história pregressa de consumo de carne suína mal cozinhada, cujas radiografias do membro inferior esquerdo, pedidas por queixas álgicas de longa data, revelaram lesões dispersas calcificadas em forma de charuto, sugestivas de cisticercose músculo-cutânea. A avaliação física e analítica foi inocente e a tomografia computorizada crânio-encefálica excluiu envolvimento central.
O Homem torna-se portador da ténia (teníase intestinal) ao consumir carne suína mal cozinhada contendo cisticercos. Estes evoluem para formas adultas no intestino e produzem ovos que são excretados nas fezes, perpetuando o seu ciclo de vida através de transmissão fecal-oral.
Após ingestão de produtos contaminados com ovos do parasita, estes invadem a parede intestinal e sofrem disseminação hematogénea em forma de embriões, pelo sistema hepato-portal, podendo afectar virtualmente qualquer tecido do hospedeiro.
Em termos clínicos distingue-se entre neurocisticercose e cisticercose extraneural, com atingimento mais comum do fígado, coração, tecido muscular e subcutâneo .
A neurocisticercose é a principal causa de epilepsia no mundo em desenvolvimento. O envolvimento dos tecidos moles cursa frequentemente com calcificação dos cisticercos que é geralmente assintomático, mas também pode causar tumefacções, fazendo diagnóstico diferencial com condições inflamatórias, infecciosas e mesmo tumorais. O diagnóstico é sobretudo imagiológico, já que os testes serológicos possuem baixa sensibilidade. O tratamento depende das manifestações clínicas, localização, número e estadio maturativo do parasita.
