ATRÁS DA DISFONIA
Doenças oncológicas - E-Poster
Congresso ID: P751 - Resumo ID: 1457
Hospital de Santa Maria
Alexandra Coimbra, Jorge Prazeres, Raquel Rodrigues, Fernanda Mendes
Introdução: Os tumores mais comuns localizados no mediastino são de origem neurogénica, na sua maioria com localização no compartimento posterior. São diagnosticados principalmente no adulto jovem, com crescimento lento e cuja sintomatologia deriva de compressão de estruturas adjacentes. Ilustra-se aqui um caso raro de um Shwannoma do mediastino anterior.
Caso Clínico: Homem, 44 anos, melanodérmico, natural de São Tomé e Príncipe, autónomo, com antecedentes conhecidos de neurofibromas e excisão de Schwannoma benigno localizado na coluna dorsal. O doente apresentou queixas de disfonia com 4 meses de evolução sem associação a disfagia, odinofagia, rinorreia, febre, tosse, sudorese noturna, anorexia ou astenia. Referida perda ponderar de 1 kg num mês. Avaliado em consulta, em São Tomé e Principe, tendo realizado radiografia de tórax e tomografia computorizada de tórax que documentou lesão ocupante de espaço no mediastino anterior e superior, latero-traqueal direita com 86x65mm a condicionar moldagem da traqueia, estende-se desde o opérculo torácico até ao contacto com o brônquio principal. Evacuado para Portugal para continuação do estudo etiológico. Avaliado por Otorrinolaringologia que constatou parésia da corda vocal direita. Ao exame objetivo destacaram-se: adenopatias supraclaviculares bilaterais e axilares à esquerda. Da avaliação complementar realizada salienta-se leucopénia (3760/L) com inversão da fórmula leucocitária e elevação da enolase neuroespecífica (33Ug/L). Realizadas biopsias através de broncofibroscopia, cuja histologia foi compatível com Schannoma com extenso enfarte central. Foi submetido posteriormente a cirurgia para excisão do tumor, mantendo seguimento em consulta de Oncologia.
Conclusão: Tal como em todos os casos de Schwannomas mediastínicos, a clínica por compressão de estruturas é a porta para o diagnóstico. Neste caso a disfonia foi a manifestação semiológica que conduziu ao achado imagiológico, diagnóstico e posterior tratamento, num doente já com diagnóstico anterior do mesmo tipo de tumor.
Caso Clínico: Homem, 44 anos, melanodérmico, natural de São Tomé e Príncipe, autónomo, com antecedentes conhecidos de neurofibromas e excisão de Schwannoma benigno localizado na coluna dorsal. O doente apresentou queixas de disfonia com 4 meses de evolução sem associação a disfagia, odinofagia, rinorreia, febre, tosse, sudorese noturna, anorexia ou astenia. Referida perda ponderar de 1 kg num mês. Avaliado em consulta, em São Tomé e Principe, tendo realizado radiografia de tórax e tomografia computorizada de tórax que documentou lesão ocupante de espaço no mediastino anterior e superior, latero-traqueal direita com 86x65mm a condicionar moldagem da traqueia, estende-se desde o opérculo torácico até ao contacto com o brônquio principal. Evacuado para Portugal para continuação do estudo etiológico. Avaliado por Otorrinolaringologia que constatou parésia da corda vocal direita. Ao exame objetivo destacaram-se: adenopatias supraclaviculares bilaterais e axilares à esquerda. Da avaliação complementar realizada salienta-se leucopénia (3760/L) com inversão da fórmula leucocitária e elevação da enolase neuroespecífica (33Ug/L). Realizadas biopsias através de broncofibroscopia, cuja histologia foi compatível com Schannoma com extenso enfarte central. Foi submetido posteriormente a cirurgia para excisão do tumor, mantendo seguimento em consulta de Oncologia.
Conclusão: Tal como em todos os casos de Schwannomas mediastínicos, a clínica por compressão de estruturas é a porta para o diagnóstico. Neste caso a disfonia foi a manifestação semiológica que conduziu ao achado imagiológico, diagnóstico e posterior tratamento, num doente já com diagnóstico anterior do mesmo tipo de tumor.