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QUANDO A TROMBÓLISE ESTÁ CONTRAINDICADA NO TROMBOEMBOLISMO PULMONAR DE ALTO RISCO
Doenças cardiovasculares - E-Poster
Congresso ID: P192 - Resumo ID: 1657
CHMA- Famalicão
Isabel Freitas, Tatiana Salazar, Patricia Rocha, Sara Pereira, Ana Luísa Cruz, Augusto Duarte
Introdução: O tromboembolismo pulmonar (TEP) é a forma de apresentação mais grave de tromboembolismo venoso, associando-se a elevada taxa de morbi-mortalidade. A sua forma de apresentação é variável e inespecífica, tornando o seu diagnóstico um verdadeiro desafio. A intervenção rápida e o restabelecimento do fluxo pulmonar diminuem a mortalidade.
Caso Clínico: Homem de 82 anos admitido por wake-up stroke, clinicamente com défices neurológicos compatíveis com território da artéria cerebral média direita, de provável etiologia cardioembólica. Evidência de oclusão de grande vaso (M1) e com critérios de reperfusão, pelo que é submetido a trombectomia, com melhoria clínica, persistindo défices neurológicos residuais ligeiros. Ao 15º dia de internamento evoluiu com instabilidade hemodinâmica e choque. Pela suspeita de TEP, realizou angiografia por tomografia computorizada, que confirmou TEP agudo bilateral. O Ecocardiograma transtorácico revelou disfunção sistólica severa do ventrículo direito de novo, assumindo-se TEP de alto risco. Dada a contraindicação absoluta para trombólise, foi submetido a embolectomia percutânea pulmonar, com melhoria de perfusão bilateral e descida da pressão arterial pulmonar de 81 mmHg para 55mmHg. Constatada recuperação hemodinâmica, suspendeu o suporte vasopressor, sem complicações imediatas do procedimento.
Discussão: Este caso pretende realçar a importância do TEP no diagnóstico diferencial do choque, bem como a necessidade de reconhecer as intervenções percutâneas como opção terapêutica válida à embolectomia cirúrgica, apesar de nem sempre estarem disponíveis, em pacientes com TEP de alto risco e com contraindicação formal para trombólise.