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METASTIZAÇÃO ÓSSEA: UMA APRESENTAÇÃO POUCO PROVÁVEL DE NEOPLASIA GÁSTRICA
Doenças oncológicas - E-Poster
Congresso ID: P715 - Resumo ID: 184
ULSAM - Hospital Conde de Bertiandos
Raquel Costa, João Costelha, Tiago Mendes, Joana Fontes, Inês Grenha, Marta Pereira, Vitor Costa, Manuel Barbosa, Elsa Araújo, Joana Serôdio, Artur Barros, Paula Brandão
Introdução:
Os cancros gástricos raramente culminam com metastização óssea (3.8%). No entanto quando ocorrem, o prognóstico da doença torna-se mais reservado.

Caso Clinico:
Homem de 58 anos, sem antecedentes de relevo. Tratava-se de um doente com queixas osteoarticulares esporádicas, com agravamento na transição dorso-lombar com 4 meses de evolução. Em ambulatório realizou tomografia da coluna que revelou ´lesões ósseas osteolíticas nas vertebras dorsais”. Referia associadamente dispneia há 1 mês, perda de estatura, emagrecimento não quantificado e perda de apetite. Ficou internado no Serviço de Medicina para estudo.
Do estudo realizado, analiticamente, constatada anemia normocitica normocrómica (hemoglobina de 11.4 g/dL), ligeira trombocitopenia (128.000 plaquetas), desidrogenase láctica aumentada e uma fosfatase alcalina de 1430 UI/L. A tomografia toraco-abdomino-pélvicoa revelou-se normal. Para despiste de neoplasia primária do trato digestivo, o doente realizou Endoscopia Digestiva Alta e Baixa. Foram realizadas biópsias da mucosa gástrica, que revelou tratar-se de carcinoma pouco coeso com células em anel de sinete do antro/transição corpo-antro. Doente teve alta do Serviço de Medicina, orientado para Cirurgia Geral e Cuidados Paliativos.
Após 15 dias da alta, o doente deu entrada no Serviço de Urgência por um quadro de prostração. Apresentava anemia com valor de hemoglobina de 2.4g /dL e trombocitopenia grave (7.000 plaquetas). Perante este quadro, o doente teve um desfecho desfavorável, acabando por falecer ainda no Serviço de Urgência.

Discussão:
Este caso pretende mostrar que a mestastização óssea como consequência de neoplasia gástrica, apesar de rara, deve estar na lista de hipóteses de diagnóstico, quando se faz a investigação de neoplasia oculta. Dos casos descritos, incluindo este, a mestastização óssea secundária a neoplasia gástrica, é uma forma bastante agressiva de neoplasia, cuja a hipótese de cura é praticamente nula e o tempo de sobrevida é curto.