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ESTUDO DESCRITIVO SOBRE A PREVALENCIA DA DOENÇA CARDIOVASCULAR, CONTROLO DOS SEUS FATORES E ESTIMAÇÃO DE RISCO NOS DOENTES DE MEDICINA INTERNA.
Doenças cardiovasculares - Comunicação
Congresso ID: CO064 - Resumo ID: 195
Complejo H. Universitario de Badajoz.(Espanha)
Francisco da Mata Alves, Laura Rueda Carrasco, Isabel Arvanas Serrano, Julia González Granados, Aurelia Elena Fuentes Caraballo, Beatriz Guerrero Sanchez, Raquel Rostro Galvéz, Rafael Aragón Lara, Jorge Manuel Romero Requena.
OBJECTIVO PRINCIPAL – Estudar a prevalência dos factores de risco cardiovascular (FRCV) (modificáveis e não modificáveis) e da doença cardiovascular (DCV).
SECUNDÁRIOS: 1) Conhecer a aplicabilidade das tabelas de estimação de risco 2) Determinar o risco de incidência de eventos CV aos 10 anos.

Estudo observacional descritivo em que se incluem 110 doentes do Serviço de Medicina Interna na primeira semana de Maio de 2018, excluindo-se aqueles dados de alta de forma voluntária ou por falecimento. Para a selecção, utilizámos a história clínica electrónica da base de dados do Servicio Extremeño de Salud e para a analise estatística SPSS®. Para a estimação de risco CV utilizámos as tabelas de SCORE até aos 65 anos e as tabelas de SCORE O.P. em > 65 anos.

RESULTADOS: Incluímos a 110 doentes (49 mulheres) entre os 19 e os 97 anos de idade (média de 73 anos), dos quais 71 diagnosticados de hipertensão arterial (76% com bom controlo segundo as atuais guias clínicas), 60 com o diagnóstico de dislipidemia (56% com bom controlo), 47 com o diagnóstico de diabetes mellitus (66% com bom controlo), 28 com antecedentes de hábito tabágico dos quais 54% actualmente ex-fumador. Se assumimos como factor de risco não modificável em relação com a idade e sexo às mulheres maiores de 55 anos e aos homens maiores de 45 anos, observamos que 83,8% dos nossos doentes apresenta um aumento de RCV.
39% apresentou, pelo menos, um episodio de DCV major (síndroma coronário agudo, enfarto agudo de miocardio, acidente cerebro-vascular acidente isquémico transitório ou aneurisma de aorta) e 6% apresentou, pelo menos, um episodio minor (doença arterial periférica ou angina de peito). 27% tem um filtrado glomerular estimado (FGE entre 30 e 60 mL/min (o que representa um fator de alto RCV) e um 10% um FGE < de 30 mL/min o que contitui um fator de muito alto RCV. Acerca da estimação de risco, segundo as tabelas de SCORE e SCORE O.P., 61% dos nossos doentes tem uma probabilidade >10% de apresentar um evento CV fatal, aos 10 anos, e somente um 16% uma probabilidade menor de 5%. Em relação às comorbilidades que aumentam o RCV (como são a insuficiência cardiaca, a fibrilação auricular, a doença pulmonar crónica, câncro e as doenças auto-imunes), 77% dos nossos doentes apresenta, pelo menos, uma delas.

A maioria dos doentes de medicina Interna apresenta, pelo menos, um factor que aumenta o RCV, e que a maior idade maior número de factores e prevalência de DCV. Devemos reconhecer o bom controlo de FRCV modificáveis nos nosso doentes. Provavelmente pelo perfil do doente de Medicina Interna, a sua idade média e a pluripatologia, era de esperar estes resultados nas tabelas de estimação de risco.

CONCLUSÕES De maneira geral, existe bom controlo dos FRCV modificáveis. Por outro lado, considerando os resultados obtidos com respeito à estimação de RCV, seria interessante realizar seguimento temporal para determinar incidências de DCV e evolução no controlo de FRCV e restimação de RCV.