CISTITE ENFISEMATOSA: UM CASO PARADIGMÁTICO
Urgência / Cuidados Intermédios e Doente Crítico - Imagens em Medicina
Congresso ID: IMG265 - Resumo ID: 1971
Centro Hospitalar Universitário do Algarve - SMI1
Domingos Sousa, Rita Martins Fernandes, Ana Isabel Rodrigues, Mourão Carvalho, Hugo Calderon, Sílvia Castro, Javier Moreno, Cristina Granja
A cistite enfisematosa (CE) é uma complicação rara da infeção do trato urinário (ITU) caracterizada por gás na bexiga (intramunal e/ou transmural) associada a agentes microbiológicos produtores de gás: Eschericchia coli (E.coli) e Klebsiella pneumoniae.
Mais de 50% dos doentes com casos de CE apresentam diabetes mellitus (DM).
Género feminino, 24anos, antecedentes de DM1 com 15 anos de evolução com retinopatia e nefropatia estabelecidas.
Apresenta-se com dor, distensão abdominal e pneumatúria com 3 dias de evolução, elevação de parâmetros inflamatórios e leucocitúria. Após 3 dias de admissão, apresentou agravamento clínico com a TC-abdominal a descrever “gás na parede vesical inferior´. A telerradiografia de abdómen revelou bexiga com bolhas de gás intraluminal em forma de “colar de pérolas” (Imagem 1 e 3).
Foi admitida na Unidade de Cuidados Intermédios (UCInt)sob antibioterapia e tratamento de suporte. Assistiu-se a melhoria clínica e imagiológica, com desaparecimento do gás intravesical ao 2ºdia (IMAGEM 2). Teve alta da UCInt e do hospital aos 9 e 35 dias.
A CE é mais frequente em mulheres diabéticas e a suspeição clínica é importante no seu diagnóstico, juntamente com a imagiologia e a história clínica. Devem ser prontamente colhido rastreio séptico dado o risco de evolução para bacteriémia e choque séptico com uma taxa de mortalidade descrita de 7%. A maioria dos casos de cistite enfisematosa pode ser tratada com antibioterapia imediata se diagnosticados numa fase precoce.
Assim, pretendemos alertar para o risco de cistite enfisematosa em doentes diabéticas, clarificar o papel essencial da imagiologia no diagnóstico destes casos e esclarecer que o prognóstico é favorável se a antibioterapia adequada for iniciada de imediato. Salientamos igualmente a importância destes doentes serem tratados em ambiente de unidades de cuidados intermédios e o seu relato com as imagens anexas dado os poucos casos descritos na literatura.
Mais de 50% dos doentes com casos de CE apresentam diabetes mellitus (DM).
Género feminino, 24anos, antecedentes de DM1 com 15 anos de evolução com retinopatia e nefropatia estabelecidas.
Apresenta-se com dor, distensão abdominal e pneumatúria com 3 dias de evolução, elevação de parâmetros inflamatórios e leucocitúria. Após 3 dias de admissão, apresentou agravamento clínico com a TC-abdominal a descrever “gás na parede vesical inferior´. A telerradiografia de abdómen revelou bexiga com bolhas de gás intraluminal em forma de “colar de pérolas” (Imagem 1 e 3).
Foi admitida na Unidade de Cuidados Intermédios (UCInt)sob antibioterapia e tratamento de suporte. Assistiu-se a melhoria clínica e imagiológica, com desaparecimento do gás intravesical ao 2ºdia (IMAGEM 2). Teve alta da UCInt e do hospital aos 9 e 35 dias.
A CE é mais frequente em mulheres diabéticas e a suspeição clínica é importante no seu diagnóstico, juntamente com a imagiologia e a história clínica. Devem ser prontamente colhido rastreio séptico dado o risco de evolução para bacteriémia e choque séptico com uma taxa de mortalidade descrita de 7%. A maioria dos casos de cistite enfisematosa pode ser tratada com antibioterapia imediata se diagnosticados numa fase precoce.
Assim, pretendemos alertar para o risco de cistite enfisematosa em doentes diabéticas, clarificar o papel essencial da imagiologia no diagnóstico destes casos e esclarecer que o prognóstico é favorável se a antibioterapia adequada for iniciada de imediato. Salientamos igualmente a importância destes doentes serem tratados em ambiente de unidades de cuidados intermédios e o seu relato com as imagens anexas dado os poucos casos descritos na literatura.
