Sónia Santos, Joana Raquel Monteiro, Fernanda Pinhal, Célio Fernandes
A Colite Pseudomembranosa (CPM) é uma doença infecciosa que surge geralmente na sequência de antibioterapia prévia. Existem elevadas taxas de colonização em doentes internados, assumindo esta infecção um papel muito relevante dentro das patologias nosocomiais, com fortes implicações no prognóstico do doente hospitalizado. A sua incidência tem vindo a aumentar, assinalando-se uma taxa de mortalidade elevada, sendo as recorrências comuns.
Realizou-se uma análise retrospectiva de uma amostra constituída pelos doentes internados em qualquer serviço de um Hospital Distrital, com diagnóstico de CPM durante 1 ano. Os dados foram obtidos através da consulta das notas de alta dos doentes com o objectivo de caracterizar os doentes com CPM internados, métodos de diagnóstico e tratamento efectuado durante o ano 2013 no Centro Hospitalar de Leiria.
Durante o período referido, estiveram internados 58 doentes com o diagnóstico de CP, 9 dos quais foram reinternados por recorrência. Verificou-se uma predominância do sexo feminino (n=39) em relação ao masculino (n=19). A média de idade de internamento foi de 72,77 anos. A duração dos internamentos teve uma média de 13,03 dias. Estudou-se a distribuição pelos diferentes serviços, a terapêutica instituída e a sua eficácia.
A idade avançada aparenta ser um factor de risco para o desenvolvimento desta patologia. Os antibióticos mais implicados foram as cefalosporinas e as penicilinas em concordância com outros estudos. O método de diagnóstico mais frequentemente utilizado foi a pesquisa de toxinas de Clostridium difficile e o tratamento, o metronidazol, seguido da associação metronidazol com vancomicina.