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TROMBOEMBOLISMO VENOSO: OS NÚMEROS POR DE TRÁS DESTA PROBLEMÁTICA.
Doenças cardiovasculares - Comunicação
Congresso ID: CO170 - Resumo ID: 2029
Centro Hospitalar Universitario do Algarve - Hospital de Faro
Rui Osório, Carlos Candeias, Teresa Salero, Ramiro Sá Lopes, Carlos Cabrita
Introdução: O tromboembolismo venoso (TEV) e as suas duas apresentações mais frequentes, tromboembolismo venoso profundo (TVP) e o tromboembolismo pulmonar (TEP) são um importante problema de saúde pública pelo impacto quer em termos de morbilidade e mortalidade quer por custos e consumo de recursos. O TEP e TVP são, portanto, apresentações clínicas de uma mesma entidade, partilhando os mesmos factores predisponentes. Estas entidades podem ocorrer quer nas enfermarias médicas ou cirúrgicas quer nos serviços de urgência ou mesmo em consultas de várias especialidades.

Objectivo: Caracterizar a população de doentes que compareceram numa consulta de tromboembolismo venoso.

Material e métodos: Os autores apresentam um trabalho retrospectivo onde se pretende caracterizar a população dos doentes que compareceram numa consulta de tromboembolismo venoso num período de 6 meses (entre Janeiro e Junho de 20016).

Resultados: Nesse período foram realizadas 175 consultas, num total de 111 doentes. Na sua maioria eram mulheres (66 %). A idade média dos doentes foi de 61 anos e a mediana de 63 anos. Na sua maioria foram referenciados dos internamentos (63%) especialmente de Medicina Interna (59%) podendo também ser referenciados de consultas (28%) em particular das consultas de oncologia (8%) e de pneumologia (2,7%). Sessenta por cento dos doentes apresentavam o diagnóstico de TEP e 24% a combinação TEP e TVP. Os principais sintomas referidos pelos doentes foram dispneia (34%) e dor pleurítica/torácica (23%). Em cerca de 40% dos doentes foi possível identificar a causa, maioritariamente associado a trombofilias adquiridas (neoplasias (25%), síndrome antifosfolipidico (17%)) e hereditárias (trombofilias hereditárias 20%). Como é conhecido a terapêutica passa pela hipocoagulação, e neste caso 46% encontravam-se a fazer dicumarínicos, 38% hipocoagulantes directos e 16% heparinas de baixo peso molecular. De referir que em cerca de 5% dos doentes procedeu-se a alteração de hipocoagulante.

Conclusões: O TEV é a terceira causa mais frequente de doença cardiovascular e o TEP especificamente é uma causa major de mortalidade, morbilidade e hospitalização na Europa. Sendo assim é importante de caracterizar e conhecer a melhor a epidemiologia destas entidades para assim melhor prevenir e tratar.