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PRODUTIVIDADE DE UNIDADE DE MEDICINA GERIÁTRICA EM 3 ANOS DE ACTIVIDADE
Medicina Geriátrica - Comunicação
Congresso ID: CO043 - Resumo ID: 2089
CENTRO HOSPITALAR GAIA-ESPINHO
Gabriel Atanásio, Pedro Magalhães, Ema Neto, Filipa Sousa, Tiago Fernandes, Rafaela Veríssimo, Agripino Oliveira,
INTRODUÇÃO:
A mudança demográfica verificada nos últimos anos é um desafio para o Serviço Nacional de Saúde. Está identificado que a procura dos serviços de saúde, nos serviços de emergência e hospitalizações, pelos idosos, vem aumentando dia a dia. Seria impensável que o sistema público carecesse de serviços de pediatria, da mesma forma, deve ser assumido em frente à população idosa. Os nossos hospitais públicos não possuem serviços de Geriatria, sendo a Medicina Interna que atende à crescente procura por cuidados para este segmento da população.
OBJETIVO:
Avaliar a produtividade de uma unidade de medicina geriátrica.
MÉTODOS:
Estudo retrospetivo realizado num hospital terciário. A coorte incluiu os doentes admitidos na unidade durante 3 anos. Os dados foram colhidos na base de dados da unidade. Foram registadas características demográficas, epidemiológicas e clínicas. O grau de dependência foi estratificado pela escala de Katz e mRankim. Utilizou-se a regressão logística para avaliar a mortalidade ajustada para a dependência e diagnósticos mais frequentes.
RESULTADOS:
Foram admitidos 1435 doentes que corresponderam a 1674 episódios de internamento. O sexo feminino teve representação de 65.9%, a média de idade de 84.5 com Percentil 90 de 93 anos e com tempo médio de estadia de 10.7. Em 95.2% a admissão foi pelo serviço urgência, episódios de dependentes foi 85.5% e grandes dependentes de 27.8%. Os diagnósticos mais frequentes durante o internamento foram pneumonias em 22.9%, infeções das vias respiratórias em 16.2% e insuficiência cardíaca congestiva em 14.3%. A mortalidade global foi de 17.7% e encontra-se associada aos dependentes OR= 7.43, e ajustada para os grandes dependentes OR=2.14, e não associada aos diagnósticos mais frequentes.
CONCLUSÃO:
O doente idoso continua a ser indivíduo de risco significativo para a mortalidade associado a um grau de dependência. Este estudo conclui que os diagnósticos mais frequentes são idênticos aos que se encontram nas enfermarias da Medicina Interna, assim como no tempo de estadia.
IMPACTO:
Dada a transição demográfica e a procura pelos serviços de saúde do idoso, e dados os riscos envolvidos numa hospitalização é essencial recuperar e retomar sua rotina de vida mais próximo da sua situação anterior. Para a conservação de funcionalidade e autonomia, torna-se necessário fornecer cuidados de saúde que permite atingir estes objetivos.