DISCRASIA HEMORRÁGICA ASSOCIADA A ADENOCARCINOMA DO PÂNCREAS
Doenças oncológicas - Imagens em Medicina
Congresso ID: IMG282 - Resumo ID: 2094
Centro Hospitalar Barreiro Montijo
João Gramaça, Sara Garez Gomes, Teresinha Ponte, Filomena Carneiro, Fátima Campante
Doente de 72 anos do sexo masculino, melanodérmico, com carga tabágica de 10 unidades maço-ano, sem outros antecedentes, desloca-se à urgência por percepção de escleróticas de cor amarelada com cerca de 4 semanas de evolução, a que se associaram na semana prévia à observação hematemeses. À observação apresentava-se ictérico e com dor à palpação abdominal profunda nos quadrantes superiores.
Laboratorialmente apresentava hiperbilirrubinémia directa com elevação da enzimologia hepática com padrão colestático, assim como marcado prolongamento do INR (13.96), sem alteração do APTT.
Realizou tomografia computorizada abdominal que mostrou via biliar principal acentuadamente dilatada, com um diâmetro de 26 mm, associada a dilatacão das vias biliares intra-hepáticas até à cabeca do pâncreas, onde se identificava volumosa formação nodular com 7 cm de diâmetro, referindo-se ainda significativa ectasia do Wirsung, de 5 mm; o fígado tinha várias formacoes nodulares sugestivas de metastização hepática; observava-se ainda dilatação gástrica. Realizou endoscopia digestiva alta que mostrou extensa ulceração do 1/3 inferior do esófago em toda a circunferência, com vários focos de ponteado hematínico.
Assumiu-se o diagnóstico de discrasia hemorrágica por défice de vitamina K em contexto de insuficiência pancreática exócrina secundária a compressão por massa da cabeça do pâncreas.
A nível de controlo da discrasia hemorrágica, o doente iniciou reposição endovenosa com fitomenadiona assim como pancreatina. Após reintrodução de dieta líquida e reposição de vitamina K durante 5 dias, a segunda foi suspensa, com manutenção do INR entre 1.2 e 1.4.
Foi realizada biópsia de uma das lesões hepáticas cujo exame histopatológico se mostrou compatível com adenocarcinoma do pâncreas.
A partilha destas imagens serve para demonstrar as possíveis consequências clínicas de neoplasias dos pâncreas localmente avançadas, que se podem manifestar com apresentações atípicas, como discrasia hemorrágica.
Laboratorialmente apresentava hiperbilirrubinémia directa com elevação da enzimologia hepática com padrão colestático, assim como marcado prolongamento do INR (13.96), sem alteração do APTT.
Realizou tomografia computorizada abdominal que mostrou via biliar principal acentuadamente dilatada, com um diâmetro de 26 mm, associada a dilatacão das vias biliares intra-hepáticas até à cabeca do pâncreas, onde se identificava volumosa formação nodular com 7 cm de diâmetro, referindo-se ainda significativa ectasia do Wirsung, de 5 mm; o fígado tinha várias formacoes nodulares sugestivas de metastização hepática; observava-se ainda dilatação gástrica. Realizou endoscopia digestiva alta que mostrou extensa ulceração do 1/3 inferior do esófago em toda a circunferência, com vários focos de ponteado hematínico.
Assumiu-se o diagnóstico de discrasia hemorrágica por défice de vitamina K em contexto de insuficiência pancreática exócrina secundária a compressão por massa da cabeça do pâncreas.
A nível de controlo da discrasia hemorrágica, o doente iniciou reposição endovenosa com fitomenadiona assim como pancreatina. Após reintrodução de dieta líquida e reposição de vitamina K durante 5 dias, a segunda foi suspensa, com manutenção do INR entre 1.2 e 1.4.
Foi realizada biópsia de uma das lesões hepáticas cujo exame histopatológico se mostrou compatível com adenocarcinoma do pâncreas.
A partilha destas imagens serve para demonstrar as possíveis consequências clínicas de neoplasias dos pâncreas localmente avançadas, que se podem manifestar com apresentações atípicas, como discrasia hemorrágica.
