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PARESTESIAS EM JOVENS - A NECESSIDADE DO ESTUDO ADEQUADO
Doenças cérebro-vasculares e neurológicas - Imagens em Medicina
Congresso ID: IMG031 - Resumo ID: 222
Centro Hospitalar de Leiria - Hospital de Santo André
Flávia Santos, Maria João Palavras, Maria Jesus Banza, Célio Fernandes
As parestesias são um dos sintomas que comummente condiciona a recorrência ao serviço de urgência. Tratam-se de sintomas sensoriais anormais geralmente caracterizados por prurido, diminuição da sensibilidade e ardência em determinada região do corpo. Podem ser transitórias ou persistentes, limitadas a determinadas áreas ou generalizadas. Na maioria dos casos estão relaccionadas com condições benignas.

Os autores apresentam o caso de uma jovem de dezoito anos, autónoma, sem antecedentes patológicos conhecidos que recorreu ao serviço de urgência pela segunda vez por quadro de parestesias migratórias na face e membros superiores, habitualmente autolimitadas, no entanto, nesse episódio persistentes. Ao exame objetivo encontrava-se consciente, colaborante e orientada, com parestesias na hemiface e membro superior direitos, sem quaisquer outras alterações neurológicas objectiváveis. Foi efectuado estudo analítico que não revelou qualquer alteração. Realizou TAC-CE com evidência de ´´descida das amígdalas cerebelosas, com conflito de espaço no buraco occipital (...) compatível com malformação de Chiari tipo I (...)´´. Posteriormente foi internada para realização de RMN cerebral para avaliação de existência de indicação cirúrgica.

Este caso revela a necessidade da valorização sintomática do doente. Devendo ser sempre efectuado um correcto diagnóstico diferencial, com exclusão primariamente do que é mais frequente e posteriormente do mais raro.