PNEUMOTÓRAX NO SERVIÇO DE URGÊNCIA
Urgência / Cuidados Intermédios e Doente Crítico - Poster com Apresentação
Congresso ID: PO086 - Resumo ID: 227
ULS NORDESTE - Hospital de Bragança
Miguel Alves, Raquel Gil, Rita Silva, Maria João Castro, Rita Lopes, Diana Fernandes, Margarida Coelho, Tiago Ceriz, Sergio Alves, Adelaide Esteves, Eugénia Madureira
Introdução: O pneumotórax é uma urgência médica, relativamente comum, definida pela presença de ar ou outro gás na cavidade pleural. Pode ocorrer espontaneamente como resultado de doença ou lesão do tecido pulmonar, rutura de uma bolha subpleural, secundariamente trauma ou punção da parede torácica. A célere identificação e tratamento são essenciais para reduzir as co morbilidades associadas a esta patologia.
Objetivos: Caraterizar a população com pneumotórax (espontâneo primário ou secundário e adquirido traumático ou iatrogénico) diagnosticado no serviço de urgência no período de 2015-2018, identificando fatores de risco de recidiva para pneumotórax e assim como a estratégia terapêutica estabelecida.
Material e métodos: Estudo retrospetivo e descritivo de doentes com o diagnóstico de pneumotórax entre 2015 e 2018. Foram analisados os respetivos episódios de urgência e recolhidas as variáveis: tipo de pneumotórax, sexo, hábitos tabágicos, idade, patologia pulmonar prévia, pneumotórax prévio e tipo de tratamento instituído. Foi revisto o processo único de cada doente para verificar a sua evolução e recidiva.
Resultados: Foram identificados 66 episódios de urgência com o diagnóstico de pneumotórax, sendo 61 espontâneos (92,42%), 5 não-espontâneos (7,58%). No grupo dos pneumotórax espontâneos 42 (63,64%) foram primários, sendo a patologia asmática a mais prevalente identificada em (14,29%). Relativamente aos espontâneos secundários 19 (28,79%), dos quais a doença pulmonar obstrutiva crónica foi a patologia pulmonar mais prevalente com 9 (47,37%), 4 (21,04%) com enfisema, 4 (21,04%) hipertensivo, 2 (10,53%) catamenial. Os episódios de urgência correspondem a 54 doentes sendo 40 homens e 15 mulheres. A idade média de diagnóstico foi de 41,68 anos, (homens 29.9 ± 3,2, mulheres 39 ±3,2), 46,97% de fumadores, 15,15% de ex-fumadores, 22,73% com doença pulmonar prévia e 44,44% com pneumotórax prévios. Foi realizado tratamento conservador em cerca de 19,7%, aspiração em 4,5% com expansão total ou parcial em 0%, dreno torácico em 66,67% com 75% de expansão total, 18,18% parcial e 6,82% falência terapêutica, tratamento cirúrgico em 9,13%. No grupo recidivante o tratamento cirúrgico foi usado em 60% das vezes.
Conclusões: Confirma-se pneumotórax espontâneo primário como principal tipo, com fatores de risco bem definidos como o sexo masculino e a idade jovem em adultos. Relativamente ao pneumotórax espontâneo secundário a doença pulmonar obstrutiva crónica é a patologia mais frequente. O risco de recidiva é alto nos doentes com fatores de risco identificados. O tratamento de eleição é o dreno torácico . A cirurgia é o tratamento preferencial na recidiva de pneumotórax principalmente em idade jovem.
Objetivos: Caraterizar a população com pneumotórax (espontâneo primário ou secundário e adquirido traumático ou iatrogénico) diagnosticado no serviço de urgência no período de 2015-2018, identificando fatores de risco de recidiva para pneumotórax e assim como a estratégia terapêutica estabelecida.
Material e métodos: Estudo retrospetivo e descritivo de doentes com o diagnóstico de pneumotórax entre 2015 e 2018. Foram analisados os respetivos episódios de urgência e recolhidas as variáveis: tipo de pneumotórax, sexo, hábitos tabágicos, idade, patologia pulmonar prévia, pneumotórax prévio e tipo de tratamento instituído. Foi revisto o processo único de cada doente para verificar a sua evolução e recidiva.
Resultados: Foram identificados 66 episódios de urgência com o diagnóstico de pneumotórax, sendo 61 espontâneos (92,42%), 5 não-espontâneos (7,58%). No grupo dos pneumotórax espontâneos 42 (63,64%) foram primários, sendo a patologia asmática a mais prevalente identificada em (14,29%). Relativamente aos espontâneos secundários 19 (28,79%), dos quais a doença pulmonar obstrutiva crónica foi a patologia pulmonar mais prevalente com 9 (47,37%), 4 (21,04%) com enfisema, 4 (21,04%) hipertensivo, 2 (10,53%) catamenial. Os episódios de urgência correspondem a 54 doentes sendo 40 homens e 15 mulheres. A idade média de diagnóstico foi de 41,68 anos, (homens 29.9 ± 3,2, mulheres 39 ±3,2), 46,97% de fumadores, 15,15% de ex-fumadores, 22,73% com doença pulmonar prévia e 44,44% com pneumotórax prévios. Foi realizado tratamento conservador em cerca de 19,7%, aspiração em 4,5% com expansão total ou parcial em 0%, dreno torácico em 66,67% com 75% de expansão total, 18,18% parcial e 6,82% falência terapêutica, tratamento cirúrgico em 9,13%. No grupo recidivante o tratamento cirúrgico foi usado em 60% das vezes.
Conclusões: Confirma-se pneumotórax espontâneo primário como principal tipo, com fatores de risco bem definidos como o sexo masculino e a idade jovem em adultos. Relativamente ao pneumotórax espontâneo secundário a doença pulmonar obstrutiva crónica é a patologia mais frequente. O risco de recidiva é alto nos doentes com fatores de risco identificados. O tratamento de eleição é o dreno torácico . A cirurgia é o tratamento preferencial na recidiva de pneumotórax principalmente em idade jovem.