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INFECÇÃO NOSOCOMIAL DA CORRENTE SANGUÍNEA
Doenças infeciosas e parasitárias - Poster com Apresentação
Congresso ID: PO054 - Resumo ID: 228
ULS NORDESTE - Hospital de Bragança
Miguel Alves, Irene Barros, Sandra Linhares, Cristina Nunes
Introdução: Uma infecção nosocomial define-se como uma infecção adquirida no hospital, caracterizada por um processo infeccioso produzido por microorganismos adquiridos no hospital, durante a hospitalização ou detectados após a alta, em que à data de admissão hospitalar não apresentavam sinais de infecção. Hoje em dia assumem aspectos importantes, não só pela morbilidade e mortalidade associadas, mas também pelo gasto em recursos hospitalares. A maior susceptibilidade dos doentes e o aparecimento de agentes mais resistentes aos antibióticos são factores de gravidade.
Objectivo: O presente estudo designa-se pela identificação de Infecções Nosocomiais e sua epidemiologia, tendo em conta os factores de risco Intrínsecos (FRI), como Catéter vesical; Cateter venoso periférico; Alimentação entérica e factores de risco extrínsecos (FRE) como a Diabetes; outras Neoplasias e Outra Imunodeficiência, durante o internamento num Serviço de Medicina Interna.
Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo realizado no período de 1-1-2014 até 31-12-2017, que apresenta como critérios selectivos, doentes admitidos no internamento do Serviço de Medicina Interna, sem limite de idade e sem limite de tempo de internamento, podendo apresentar FRI e FRE. Este estudo teve como base, dados da DGS - INCS (Infecção Nosocomial da Corrente Sanguínea)
Resultados: A amostra incidiu sobre um total de 4946 doentes internados durante um período total cumulativo de 44230 dias de internamento, em que foram identificados 14 doentes com infecção nosocomial, com proporção INCS de 2,8% e com Densidade de Incidência INCS de 0,3%. A amostra também incluiu doentes com Factores de Risco Intrínseco (Catéter vesical; Cateter venoso periférico; Alimentação entérica) com uma frequência de 9 doentes (64,3%); 4 doentes (28,6%); 2 doentes (14,3%), respectivamente, e doentes com Factores de Risco Extrínseco (Diabetes; outras Neoplasias e Outra Imunodeficiência) com uma frequência de 4 doentes (28,6%), 3 doentes (21,4%) e 1 doentes (7,1%), respectivamente.
Conclusões: A extinção da infecção hospitalar é uma tarefa inatingível, mas existe sempre margem para melhorar e diminuir a sua incidência. Com este estudo, concluímos que 2,8% dos doentes em internamento apresentam infecções nosocomiais, e que os doentes que apresentam Factores de Risco Intrínsecos/Extrínsecos têm uma maior predisposição à infecção Nosocomial.