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PSEUDOANEURISMA RADIAL REFRACTÁRIO A TRATAMENTO CONSERVADOR – COMPLICAÇÃO RARA APÓS CATETERISMO
Doenças cardiovasculares - Imagens em Medicina
Congresso ID: IMG033 - Resumo ID: 235
1Serviço de Medicina Interna ULSAM; 2Serviço de Cirurgia Vascular, Hospital de Braga
Joana Couto1, Luís Pontes Santos1, Raquel López1, Diana Guerra1, João Oliveira2, Mário Marques Vieira2
A opção pela via radial na realização de cateterismo cardíaco (CC) e outros procedimentos coronários arteriais é cada vez mais frequente pela menor taxa de complicações face à via femoral. Entre as complicações mais comuns encontram-se a oclusão da artéria radial, lesão do feixe vasculo-nervoso ou síndrome compartimental
Mulher, 77 anos. Antecedentes de hipertensão arterial e fibrilhação auricular hipocoagulada com apixabano. Internada recentemente por enfarte agudo do miocárdio da parede inferior submetida a CC por via radial com colocação de stent na coronária direita. Após procedimento com hematoma circunscrito ao local de punção, em fase de resolução à data de alta. Esteve medicada com hipocoagulação e antiagregação dupla. Recorreu ao SU 8º dia após CC por dor, edema e rubor localizados ao membro superior direito (MSD) no local de punção arterial/radial. Objetivamente, presença de massa pulsátil, mole, dolorosa à palpação acompanhada de hematoma no local de punção de CC (Figura A e B). Ecografia que mostrou pseudoaneurisma com 38 x 15 mm e 24 mm de extensão, parcialmente trombosado na periferia (Figura C). Inicialmente sob tratamento conservador decidido penso compressivo do aneurisma durante 10 dias, não se verificando melhoria e optando-se então por intervenção correção cirúrgica. À reavaliação após cirurgia, assintomática, sem sequelas e com pulso presente distalmente ao local da incisão.
Os pseudoaneurismas da artéria radial são geralmente secundários a traumatismo ou procedimentos invasivos, sendo uma complicação muito rara de CC (apenas 0.09% dos procedimentos). Entre os fatores de risco estão idade avançada, alterações da coagulação/hipocoagulação, duração do procedimento, número de tentativas de cateterização, presença de hematoma ou hemóstase/compressão inadequadas ou infeção local. De realçar, que esta complicação pode ocorrer nas primeiras horas após o procedimento ou demorar semanas a meses a manifestar-se.