DIAGNÓSTICO INCIDENTAL DE UM TUMOR RARO - A PROPÓSITO DE UM CASO CLÍNICO.
Doenças oncológicas - Poster com Apresentação
Congresso ID: PO061 - Resumo ID: 238
Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro
Patrícia Chow Liu, Sheila Koch Jamal, Joana Liz Pimenta, Paula Vaz Marques, Sónia Carvalho
Os tumores do estroma gástrico (GIST) são tumores raros e correspondem a 1% das neoplasias primárias do trato gastrointestinal (TGI). A maioria dos GIST são benignos e 70% surgem no estômago. O seu diagnóstico é muitas vezes incidental.
Doente do sexo feminino com 56 anos de idade e antecedentes pessoais de hipertensão arterial e dislipidemia. Enviada à consulta de Hepatologia para estudo de lesão nodular com 2,1 centímetros (cm) detetada em ecografia e sugestiva de hemangioma. Referia pirose e enfartamento associados a refeições copiosas. Para avaliação de possível hemangioma, realizou tomografia computorizada (TC) abdominal com contraste e ressonância magnética (RM) abdominal onde havia referência a lesão tecidular com 2x2,7 cm de diâmetros axiais, na parede da grande curvatura gástrica, sugestiva de lesão exofítica. Endoscopia digestiva alta sem alterações de relevo com histologia normal e Helicobacter pylori negativa. Colonoscopia sem alterações. Realizou biópsia guiada por ecoendoscopia, que revelou GIST de baixo risco, KIT 100%. Em RM abdominal de re-avaliação com crescimento da lesão (3,7x2,3 cm). Encaminhada para consulta de Cirurgia Geral e submetida a gastrectomia atípica por via laparoscópica. Histologia da peça operatória a confirmar GIST, subtipo fusocelular de baixo grau, com muito baixo risco de progressão (Classificação de Miettinen e Lasota). Atualmente doente encontra-se clinicamente bem, em seguimento em consulta de Oncologia.
Neste caso clínico é apresentado um diagnóstico incidental de GIST, em doente com sintomas pouco específicos. O comportamento destes tumores é muito variável, desde tumores de pequenas dimensões a tumores metastizados. Como tal, e apesar da maioria destes serem benignos, GIST maiores que 2cm devem ser tratados.
Doente do sexo feminino com 56 anos de idade e antecedentes pessoais de hipertensão arterial e dislipidemia. Enviada à consulta de Hepatologia para estudo de lesão nodular com 2,1 centímetros (cm) detetada em ecografia e sugestiva de hemangioma. Referia pirose e enfartamento associados a refeições copiosas. Para avaliação de possível hemangioma, realizou tomografia computorizada (TC) abdominal com contraste e ressonância magnética (RM) abdominal onde havia referência a lesão tecidular com 2x2,7 cm de diâmetros axiais, na parede da grande curvatura gástrica, sugestiva de lesão exofítica. Endoscopia digestiva alta sem alterações de relevo com histologia normal e Helicobacter pylori negativa. Colonoscopia sem alterações. Realizou biópsia guiada por ecoendoscopia, que revelou GIST de baixo risco, KIT 100%. Em RM abdominal de re-avaliação com crescimento da lesão (3,7x2,3 cm). Encaminhada para consulta de Cirurgia Geral e submetida a gastrectomia atípica por via laparoscópica. Histologia da peça operatória a confirmar GIST, subtipo fusocelular de baixo grau, com muito baixo risco de progressão (Classificação de Miettinen e Lasota). Atualmente doente encontra-se clinicamente bem, em seguimento em consulta de Oncologia.
Neste caso clínico é apresentado um diagnóstico incidental de GIST, em doente com sintomas pouco específicos. O comportamento destes tumores é muito variável, desde tumores de pequenas dimensões a tumores metastizados. Como tal, e apesar da maioria destes serem benignos, GIST maiores que 2cm devem ser tratados.