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FIRST HIDE AND SEEK, THEN FAST AND FURIOUS
Doenças oncológicas - E-Poster
Congresso ID: P713 - Resumo ID: 24
Hospital Beatriz Ângelo
Rodolfo Viríssimo Gomes, Joana de Oliveira, Bárbara Sousa Picado, Fernando Martos Gonçalves, José Lomelino Araújo
INTRODUÇÃO
Sabe-se que doentes com carcinoma basocelular têm elevado risco de recorrência, mas também risco aumentado de desenvolver melanoma.

CASO CLÍNICO
Trazemos o caso de um homem de 81 anos, autónomo, com história de vários carcinomas basocelulares já excisados e referência a filho com melanoma maligno.
Recorreu ao Serviço de Urgência por desequilíbrio, mal-estar inespecífico, anorexia e perda ponderal não quantificada, mencionando ainda massa inguinal esquerda com 2 meses de evolução. Foi detectado na radiografia torácica padrão em largada de balões, pelo que foi internado para estudo.
Analiticamente com VS 74mm/h, LDH 1987U/L e imunofenotipagem com 17% de células não hematopoiéticas. Fez TC tóraco-abdominopélvica que revelou metastização difusa pulmonar, hepática, suprarrenal, esplénica, ganglionar, mesentérica, retroperitoneal e de partes moles, com volumosa lesão na região inguinal esquerda.
A citologia aspirativa da massa inguinal foi inconclusiva, no entanto, a biópsia ganglionar concluiu tratar-se de metástase de melanoma. Apesar de não ter sido identificada lesão, admitiu-se como tendo origem no membro inferior esquerdo face à massa inguinal ipsilateral. Avaliado pela Dermatologia, não havendo indicação para terapêutica dirigida, pelo que o doente foi orientado para Cuidados Paliativos e veio a falecer, menos de 5 meses após o início dos sintomas.

DISCUSSÃO
Apesar de ter susceptibilidade aumentada para melanoma e seguimento regular, este tumor desenvolveu-se de maneira explosiva apresentando-se como doença M1c, caracterizada por LDH muito elevada e metástases à distância, conferindo desde logo um prognóstico muito reservado.