Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano, Santiago do Cacém, Portugal

Mulher, 96 anos, autónoma nas suas atividades, com antecedentes de doença renal crónica secundária a hipertensão arterial e osteoporose, sem registo de terapêutica e sem conhecimento do controlo tensional. Avaliada em SU por quadro de dispneia e astenia com 4 semanas de evolução com agravamento progressivo e tolerando apenas pequenos esforços. Clinicamente apresentava diminuição do murmúrio vesicular no hemitórax esquerdo, sem presença de ruídos adventícios, e sem outras alterações relevantes ao exame objetivo. Observada exuberante hipotransparência em toalha no hemitórax esquerdo em radiografia de tórax. Pedida tomografia de tórax que revelou volumosa dilatação aneurismática aórtica com moldagem da artéria subclávia esquerda e desvio da traqueia medindo 100 x 75 x 113 mm. Atendendo à idade da doente e doença renal crónica não se prosseguiu com estudo etiológico, nomeadamente tomografia de tórax com injeção de contraste ou terapêutica invasiva, procedendo-se à otimização da terapêutica com boa resposta sintomática.