O USO DA CRIOBIÓPSIA TRANSBRÔNQUICA NA DOENÇA PULMONAR INTERSTICIAL
Doenças respiratórias - E-Poster
Congresso ID: P836 - Resumo ID: 374
Centro Hospitalar de São João
Neuza Soares, Maria Jacob, Ana Pessoa, Francisco Ferrão, Ana Cunha, Vitor Braz, Gonçalo Rocha, Fernando Friões
Introdução: A biópsia pulmonar doença pulmonar intersticial (DPI) representa um importante passo diagnóstico quando os dados clínicos e radiológicos são insuficientes para um diagnóstico definitivo. A criobiópsia pulmonar transbrônquica (CLTB) é uma técnica endoscópica mais recente e menos invasiva que tem vindo a ter um papel relevante no diagnóstico da DIP.
Caso clínico: Doente do género feminino, 68 anos, com doença pulmonar intersticial em estudo, admitida eletivamente na Enfermaria de Pneumolgoia para realização de criobiópsia. A técnica foi complicada com pneumotórax esquerdo, tendo ficado em drenagem torácica durante 4 dias. Após 2 dias da retirada do dreno, iniciou novo quadro de dispneia e dessaturação, apresentando novavmente pneumotórax esquerdo de grande dimensão com aparente fístula broncopleural. A doente foi novamente submetida drenagem torácica e transferida para a Unidade de Cuidados Intensivos (UCI), onde necessitou de suporte ventilatório com oxigenoterapia de alto fluxo alternado com ventilação não invasiva por períodos de dessaturação. Dado o padrão de vidro despolido generalizado na tomografia computorizada do pulmão realizou pulsos de metilprenisolona durante 3 dias e pela a ausência de resposta iniciou ciclofosfamida. Dado ter evoluído com agravamento da insuficiência respiratória e não resolução do pneumotórax, foi colocado novo dreno torácico esquerdo com sistema de drenagem compacto, com melhoria do pneumotórax. No entanto, a doente evoluiu com deteriorização do estado clínico com infeção respiratória nosocomial, tendo falecido ao 13º dia de internamento.
Discussão: A literatura sugere a utilidade da criobiópsia pulmonar transbrônquica (CBPT) no algoritmo de diagnóstico da DPI, pois permite em comparação com a biopsia pulmonar transbrônquica (BPT) convencional uma melhor identificação histológica. A CBPT e a BPT convencional foram comparados em estudos prospectivos e retrospectivos. Enquanto alguns especialistas defendem seu uso, outros debatem-no. Embora estudos observacionais tenham sugerido que a taxa de complicações fosse baixa (menos de 5%) e que o tamanho da biópsia pudesse ser até três ou quatro vezes maior que o obtido com BPT convencional, estudos subsequentes relatam taxas de pneumotórax de até 20% e ainda um maior risco de hemorragia.
Caso clínico: Doente do género feminino, 68 anos, com doença pulmonar intersticial em estudo, admitida eletivamente na Enfermaria de Pneumolgoia para realização de criobiópsia. A técnica foi complicada com pneumotórax esquerdo, tendo ficado em drenagem torácica durante 4 dias. Após 2 dias da retirada do dreno, iniciou novo quadro de dispneia e dessaturação, apresentando novavmente pneumotórax esquerdo de grande dimensão com aparente fístula broncopleural. A doente foi novamente submetida drenagem torácica e transferida para a Unidade de Cuidados Intensivos (UCI), onde necessitou de suporte ventilatório com oxigenoterapia de alto fluxo alternado com ventilação não invasiva por períodos de dessaturação. Dado o padrão de vidro despolido generalizado na tomografia computorizada do pulmão realizou pulsos de metilprenisolona durante 3 dias e pela a ausência de resposta iniciou ciclofosfamida. Dado ter evoluído com agravamento da insuficiência respiratória e não resolução do pneumotórax, foi colocado novo dreno torácico esquerdo com sistema de drenagem compacto, com melhoria do pneumotórax. No entanto, a doente evoluiu com deteriorização do estado clínico com infeção respiratória nosocomial, tendo falecido ao 13º dia de internamento.
Discussão: A literatura sugere a utilidade da criobiópsia pulmonar transbrônquica (CBPT) no algoritmo de diagnóstico da DPI, pois permite em comparação com a biopsia pulmonar transbrônquica (BPT) convencional uma melhor identificação histológica. A CBPT e a BPT convencional foram comparados em estudos prospectivos e retrospectivos. Enquanto alguns especialistas defendem seu uso, outros debatem-no. Embora estudos observacionais tenham sugerido que a taxa de complicações fosse baixa (menos de 5%) e que o tamanho da biópsia pudesse ser até três ou quatro vezes maior que o obtido com BPT convencional, estudos subsequentes relatam taxas de pneumotórax de até 20% e ainda um maior risco de hemorragia.