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CISTITE ENFISEMATOSA - DA INFEÇÃO À DISSEÇÃO
Doenças infeciosas e parasitárias - Imagens em Medicina
Congresso ID: IMG053 - Resumo ID: 405
Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada - Serviço de Medicina Interna
Joana Castro, Sofia Amante, Diogo Bernardo Moura, Magda Sofia Ventura, Miriam Cimbron, Manuela Henriques, Humberto Costa, Paula Macedo
Mulher de 74 anos de idade, com antecedentes de hipertensão arterial, dislipidemia e doença renal crónica. Internada no serviço de Medicina Interna por sépsis com ponto de partida em celulite da perna com bacteriémia a Staphylococcus aureus meticilino-sensível e doença renal crónica agudizada, tendo sido algaliada no serviço de Urgência. Má evolução clínica e analítica no internamento apesar de antibioterapia dirigida com flucloxacilina, com progressão para choque séptico. Excluída endocardite infeciosa e realizada tomografia computorizada toraco-abdomino-pélvica para investigação de foco que evidenciou Cistite enfisematosa avançada, Pielonefrite e Nefronia lobar à esquerda. Exames culturais de sangue e urina a isolar Klebsiella pneumoniae ESBL negativa. Foi instituída antibioterapia inicial empírica com meropenem, posteriormente descalada para ceftriaxone de acordo com teste de sensibilidade aos antibióticos, com melhoria clínica.
Na imagem 1 observa-se, em plano sagital, bexiga com contraste intravesical com abundante quantidade de gás a nível intra-mural e peri-vesical que caracterizam a CE (setas vermelhas). A severidade desta patologia está representada em ambas as imagens 1 e 2, pela existência de gás dissecando as camadas musculares da parede abdominal anterior até ao nível diafragmático (setas azuis).
Os autores valorizam estas imagens atendendo a baixa prevalência da patologia apresentada e elevada mortalidade associada, assim como pela exigência de avaliação imagiológica para o respetivo diagnóstico.