NEUROSSÍFILIS: O PASSADO NO PRESENTE
Doenças infeciosas e parasitárias - E-Poster
Congresso ID: P479 - Resumo ID: 431
Centro Hospitalar de Leiria - Hospital de Santo André - Medicina Interna II
Cátia Santos, Helena Carrondo, Célio Fernandes
A sífilis é uma doença provocada pelo Treponema pallidum. Apesar de atualmente existir um tratamento eficaz, económico e de fácil acesso, continua a ser um problema de saúde pública e o envolvimento do sistema nervoso central pode ocorrer em qualquer estádio da doença, acontecendo em 5-10% dos doentes não tratados.
Apresentamos o caso clínico de um doente do sexo masculino, de 78 anos, caucasiano, sem comorbilidades de relevo. Admitido no serviço de urgência por quadro de confusão mental e alteração do comportamento com cerca de 2 meses de evolução. Ao exame físico apresentava-se febril e desorientação temporo-espacial, mas sem défices neurológicos focais. A tomografia computorizada (TC) craniana mostrou sistema ventricular dilatado de forma desproporcional ao grau de ectasia dos sulcos corticais a traduzir hidrocefalia de pressão normal e dolicoectasia basilar. A eletroencefalografia revelou alteração cerebral difusa e a ressonância magnética crânio-encefálica evidenciou cavidades ventriculares aumentadas com discreta acentuação dos sulcos corticais hemisféricos cerebrais, nomeadamente nas regiões temporo-insulares, traduzindo atrofia cerebral. Foi realizada punção lombar, tendo a análise bioquímica e serológica do líquor encefalorraquidiano demonstrado aumento de proteínas e serologias reativas para a presença de anticorpos de Treponema pallidum, tando VDRL, como TPHA positivo. Realizado também rastreio de VIH, cujo resultado foi negativo. Assim, foi feito o diagnóstico de neurossífilis, tendo realizado terapêutica com penicilina G durante dez dias com melhoria clínica.
A prevenção da sífilis primária continua a ser a melhor forma de evitar a sífilis tardia. Contudo, o aumento da incidência da sífilis terciária obriga a que os profissionais de saúde se encontrem mais sensibilizados para a problemática procurando efetuar diagnósticos precoces, evitando a evolução natural da doença e o aumento da morbi-mortalidade associadas.
Apresentamos o caso clínico de um doente do sexo masculino, de 78 anos, caucasiano, sem comorbilidades de relevo. Admitido no serviço de urgência por quadro de confusão mental e alteração do comportamento com cerca de 2 meses de evolução. Ao exame físico apresentava-se febril e desorientação temporo-espacial, mas sem défices neurológicos focais. A tomografia computorizada (TC) craniana mostrou sistema ventricular dilatado de forma desproporcional ao grau de ectasia dos sulcos corticais a traduzir hidrocefalia de pressão normal e dolicoectasia basilar. A eletroencefalografia revelou alteração cerebral difusa e a ressonância magnética crânio-encefálica evidenciou cavidades ventriculares aumentadas com discreta acentuação dos sulcos corticais hemisféricos cerebrais, nomeadamente nas regiões temporo-insulares, traduzindo atrofia cerebral. Foi realizada punção lombar, tendo a análise bioquímica e serológica do líquor encefalorraquidiano demonstrado aumento de proteínas e serologias reativas para a presença de anticorpos de Treponema pallidum, tando VDRL, como TPHA positivo. Realizado também rastreio de VIH, cujo resultado foi negativo. Assim, foi feito o diagnóstico de neurossífilis, tendo realizado terapêutica com penicilina G durante dez dias com melhoria clínica.
A prevenção da sífilis primária continua a ser a melhor forma de evitar a sífilis tardia. Contudo, o aumento da incidência da sífilis terciária obriga a que os profissionais de saúde se encontrem mais sensibilizados para a problemática procurando efetuar diagnósticos precoces, evitando a evolução natural da doença e o aumento da morbi-mortalidade associadas.