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QUANDO O QUE OBSERVAMOS SE COMPLEMENTA NA PERFEIÇÃO COM OS EXAMES
Doenças digestivas e pancreáticas - Imagens em Medicina
Congresso ID: IMG070 - Resumo ID: 533
Hospital Vila Franca de Xira
Patrícia Varela Ramos, Marta Quaresma, Ana Oliveira, Sofia Cruz, Madalena Faria Paulino, Ana Nunes, Zara Soares, Ana Palricas, José Barata
Os autores apresentam o caso de uma doente do sexo feminino de 86 anos com história de fibrilhação auricular sob anticoagulação, insuficiência cardíaca, anemia crónica, enfisema pulmonar, bronquiectasias e alergia à penicilina, que recorreu ao Serviço de Urgência por queixas de dispneia e tosse com expectoração com duas horas de evolução. Do exame objetivo sem alterações de relevo à auscultação cardiopulmonar, salientando-se a presença de uma massa no hipogastro, dura, indolor, com cerca de 7x6 cm, sem defesa ou reacção peritoneal (imagem 1).
Realizou avaliação analítica que revelou anemia e elevação dos parâmetros inflamatórios e radiografia do tórax sem condensação parenquimatosa.
Evoluiu com aparecimento de febre (máxima 39º C), aumento progressivo dos parâmetros inflamatórios e aparecimento de sinais inflamatórios na tumefação abdominal.
Para esclarecimento da massa palpável, realizou ecografia abdominal que revelou no local de tumefacção, aparente colecção com exuberante inflamação do tecido celular subcutâneo e aparente solução de continuidade. Complementado por tomografia computorizada (imagem 2 e 3), que esclareceu a presença de espessamento parietal da ansa do cólon transverso, em continuidade com componente sólido medindo 5 cm e em estreita relação com a parede abdominal anterior, onde se identifica colecção com conteúdo líquido e gasoso, medindo 8x5x8 cm. Estes aspectos eram sugestivos de lesão neoformativa do cólon, complicada por provável perfuração.
Ao 5º dia de internamento, complicou com ruptura do abcesso e fístula enterocutânea com drenagem de fezes pela parede abdominal, pelo que foi submetida a intervenção cirúrgica com sucesso.