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O CASO RARO DE UM CATÉTER VENOSO SUBCLÁVIO REDIRECCIONADO PARA O PESCOÇO
Urgência / Cuidados Intermédios e Doente Crítico - Imagens em Medicina
Congresso ID: IMG085 - Resumo ID: 594
Serviço de Medicina Intensiva 1, Hospital de Faro, Centro Hospitalar Universitário do Algarve
Carolina Oliveira, Miguel Varela, Luís Flores, Rui Patraquim, Daniel Nunez, Cristina Granja
A colocação de um catéter venoso central (CVC) é uma técnica essencial em situações de emergência, mas não é isenta de riscos. Um CVC mal colocado refere-se a um catéter cuja ponta não está situada numa veia central, seja como resultado de uma colocação incorreta ou devido à migração da ponta, que pode ocorrer posteriormente. As características anatómicas individuais dos pacientes podem predispor ao deslocamento de CVCs.

Homem de 52 anos deu entrada na sala de reanimação depois de síncope não presenciada.
Foi diagnosticada uma pneumonia bilateral com insuficiência respiratória grave, pelo que foi prontamente intubado.
Um catéter venoso central de triplo lúmen foi colocado na veia subclávia direita. Após a inserção do cateter, o ramo distal não se encontrava funcionante, mas as infusões de vasopressores (noradrenalina e fentanil) foram iniciadas pelas outros dois ramos, com resposta clínica.
Uma Tomografia Computadorizada de tórax mostrou o CVC progredindo para cima na linha média do pescoço do paciente. Após a inspeção e palpação do pescoço, um pequeno dispositivo cilíndrico foi encontrado na linha média, anterior e inferior à glândula tiroide. Foi considerado que a ponta do catéter se encontrava na veia tiróidea inferior, tendo sido removido sem intercorrências.
Com este caso, pretendemos mostrar que este efeito adverso é raro, mas pode acontecer e passar desapercebido e é necessário preveni-lo.