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DIFERENÇAS ENTRE A PRIMEIRA E A SEGUNDA GRAVIDEZ COM DIABETES GESTACIONAL NUMA UNIDADE DE DIABETOLOGIA
Doenças endócrinas, metabólicas e nutricionais - Comunicação
Congresso ID: CO124 - Resumo ID: 599
Hospital de Faro
Mariana Figueiras, Sérgio Pina, Sofia Amálio, Elsa Pina
Introdução: As mulheres com antecedentes de Diabetes Gestacional (DG) têm um risco aumentado de recorrência de algum grau de alteração do metabolismo dos hidratos de carbono em futuras gestações assim como um risco acrescido de Diabetes mellitus no futuro.
Objectivos: Avaliar a evolução materno-fetal na primeira e segunda gravidez com DG, na mesma mulher.
Material e métodos: Estudo retrospectivo de mulheres com duas gravidezes com DG que frequentaram a Consulta de Diabetologia no nosso hospital entre 2011 e 2016 (n=19). Foram analisadas as variáveis: idade, índice de massa corporal (IMC) prévio à gravidez, ganho ponderal materno, idade gestacional do diagnóstico, necessidade de terapêutica medicamentosa, idade gestacional de início de terapêutica medicamentosa, semana do parto, tipo do parto, peso do recém-nascido, APGAR, complicações materno-fetais e do recém-nascido (pré-eclâmpsia, hidrâmnios, morte fetal, hipoglicemia, necessidade de internamento em cuidados intensivos) e reclassificação pós-parto. Analisaram-se os dados utilizando o SPSS 23ª edição.
Resultados: Na 2ª gravidez com DG verificou-se, tendencialmente, ainda que estatisticamente não significativo, um IMC normal prévio à gravidez mais frequente (9 vs. 10 mulheres), ganho ponderal materno superior (p<0,379), idade gestacional do diagnóstico mais precoce (21 semanas na primeira gravidez vs. 17 na segunda, p<0,134), semana do parto semelhante (38 semanas p<0,829), peso do recém-nascido semelhante nas duas gestações (p<0,102), índice de APGAR mais elevado (8 vs 9, p<0,564), menos complicações materno-fetais e do recém-nascido e maior número de provas de reclassificação realizadas (10 vs. 13).
Conclusão: O número reduzido da população estudada contribuiu para a inexistência de significado estatístico nas correlações estudadas. É de facto essencial continuar a monitorizar estas situações para perceber se os ensinamentos realizados na primeira gravidez se traduzem significativamente em evoluções materno-fetais mais favoráveis na segunda gestação.