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UM DIAGNÓSTICO INESPERADO
Doenças oncológicas - E-Poster
Congresso ID: P761 - Resumo ID: 610
Hospital de Braga
Joana Sousa Morais, Isabel Andrade Oliveira, Inês Burmester, Olga Pires, Maria João Regadas, Paulo Gouveia, Carlos Capela
Introdução: Melanoma é a neoplasia maligna da pele mais grave, cuja incidência na última década tem vindo a aumentar. A maioria dos casos de melanoma malignos são diagnosticados num estadio inicial. No entanto, alguns doentes apresentam-se já com lesões metastáticas, e outros desenvolvem metástases após tratamento inicial, o que torna importante o seguimento apertado destes doentes.

Caso Clinico: Homem, 85 anos, com antecedentes de adenocarcinoma da próstata sob bloqueio hormonal e lesões pigmentadas, algumas excisadas em 2014, correspondendo a uma delas melanoma nodular. Recorre ao serviço de urgência por dor na anca direita e edema do membro inferior direito já com 2 meses de evolução, com agravamento nos últimos dez dias. Em exames complementares realizados, constatada lesão / massa no osso ilíaco direito e trombose venosa profunda do membro inferior direito, tendo sido interpretado como síndrome paraneoplásico em contexto de provável agravamento de neoplasia da próstata, pelo que foi internado aos cuidados da Urologia. Em internamento de Urologia, sem evidência de agravamento de neoplasia prostática e como tal realizada biopsia de lesão óssea, cujo resultado de anatomia patológica revelou metástases de Melanoma. Pedido PET que descreve lesão lítica do ilíaco direito, adenopatias pélvicas, abdominais, nódulos suprarrenais e pulmonares, que sugerem infiltração neoplásica maligna. Caso discutido em consulta de grupo multidisciplinar, onde foi decidida radioterapia paliativa de lesão do osso ilíaco, que doente não chegou a cumprir por desfecho desfavorável.

Conclusão: Com este caso queremos mostrar a importância do seguimento a longo prazo do melanoma, já que se trata de uma neoplasia que geralmente têm um bom prognóstico se realizada excisão completa. No entanto, pode por vezes, recidivar e metastizar, sendo que nestas situações o prognóstico já varia muito. Logo um diagnóstico atempado é fundamental.