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INFECÇÕES NOSOCOMIAIS DA CORRENTE SANGUÍNEA NUM SERVIÇO DE MEDICINA INTERNA
Doenças infeciosas e parasitárias - Comunicação
Congresso ID: CO207 - Resumo ID: 658
Unidade Local de Saúde do Nordeste - Hospital de Bragança
Raquel Gil, Cristina Nunes, Irene Barros, Sandra Linhares, José Brizuela, Eugénia Madureira
INTRODUÇÃO: Infecção nosocomial define-se como uma infecção adquirida no hospital por um doente que foi internado por outra razão que não essa infecção, uma infecção num doente internado num hospital, ou noutra instituição de saúde, e que não estava presente, nem em incubação, à data da admissão. Estão incluídas as infecções adquiridas no hospital que se detectam após a alta.
OBJECTIVOS: O objective deste trabalho é a avaliação do número de infecções nosocomiais da corrente sanguinea num serviço de Medicina Interna, associados a factores de risco extrinsecos (cateter vesical, cateter venoso central, cateter venoso periférico, hemodialise, alimentação parenterica e parentérica, cirurgia, endoscopia, tubo / canula endotraqueal) e factores intrinsecos (diabetes e outra imunodeficiencia).
METODOLOGIA: Realizou-se um estudo retrospectivo, no periodo compreendido entre 01 de Janeiro de 2014 a 31 de Dezembro de 2017, que tem como critérios selectivos doentes com infecção sistémica que não estava presente nem em incumação no momento da admissão do doente no serviço de Medicina Interna, que cumpra os seguintes requisites: uma ou mais hemoculturas positivas; febre ou calafrios ou hipotensão; sinais e sintomas e resultado laboratorial positivo não relaccionado com outro foco infecçioso, em pelo menos duas hemoculturas colhidas separadamente. Teve como base, dados da DGS – INCS (Infecção Nosocomial da corrente sanguinea) e do GCL – PPCIRA.
RESULTADOS: no periodo compreendido no estudo, foram admitidos um total de 5244 mulheres e 5433 homens, tendo-se registado 20 episódios em Medicina Mulheres, com uma densidade de insidencia de 0,5% num total de 37863 dias de internamento e 35 episódios em Medicina Homens, com uma densidade de insidencia de 0,8%, num total de 43638 dias de internamento. Dos factores extrinsecos em Medicina Mulheres verificou-se: cateter vesical 16 caso; cateter venoso periférico 11 casos; hemodialise 9 casos; cateter venoso central 9 casos; alimentação enterica 2 casos; endoscopia 1 caso; tubo / canula endotraqueal 1 caso. Factores intrinsecos: diabetes 6 casos; outra imunodeficiencia 7 casos, num total de 56 factores de risco registados. Em Medicina Homens: cateter vesical 11 casos; cateter venoso central 7 casos; cateter venoso periférico 5 casos; hemodialise 4 casos; alimenteção parentérica 2 casos e cirurgia 1 caso. Facores intrinsecos: diabetes 7 casos, para um total de 37 casos registados.
CONCLUSÃO: Neste estudo não foi feita a correlaçao das precauções basicas de controlo de infecção entre Medicina Homens e Medicina Mulheres, no entanto verificaram-se diferenças significativas na densidade de insidencia entre uma e outra, podendo este facto estar relaccionado a factores intrinsecos de cada uma, uma vez que funcionam em espaços fisicos separados e com equipas de proficionais de saude distintas. As infecções hospitalares são uma fonte importante de complicações, estando associadas a um aumento nos gastos de recursos hospitalares.