CARDIOPATIA E COLITE – UM ACASO?
Doenças autoimunes, reumatológicas e vasculites - E-Poster
Congresso ID: P114 - Resumo ID: 756
CHPVVC
Vera Seara, Sónia da Costa Fernandes, Susana Marques de Sousa, Marta Rafael Marques, Cristina Marques, Teresa Pinto
A miopericardite é uma doença inflamatória, com atingimento pericárdico e do músculo cardíaco, sendo uma causa de dor torácica. Associada a condições infeciosas e não infeciosas, nomeadamente doenças com envolvimento sistémico.
É relatado o caso de um doente de 20 anos, previamente assintomático, admitido por febre, sintomas respiratórios altos (rinorreia e tosse irritativa), diarreia (2 dejeções líquidas por dia, sem muco ou sangue), e toracalgia retroesternal, tipo pleurítica com uma semana de evolução. Do estudo, salienta-se alterações electrocardiográficas (elevação côncava de ST de v2-v6), elevação dos biomarcadores de necrose miocárdica e ecocardiograma sem alterações. A RM cardíaca apresenta área de edema e realce tardio intramiocárdico no segmento basal inferior, sem alterações no pericárdico.
Para completar o estudo etiológico, realizou TC abdominal com espessamento cólico parietal difuso, inespecífico, sugestivo de colite, confirmado por colonoscopia com biópsia que demonstra erosões compatíveis com colite em actividade. O estudo da imunidade e coproculturas foram negativos e calprotectina em curso. Das serologias salienta-se positividade para o adenovírus. Durante o internamento apresentou episódio de eritema pruriginoso, auto-limitado.
Teve alta do internamento hospital, com melhoria sintomática e medicado com AINE, IBP, colchicina e indicação para evição de exercício físico. Foi referenciado para consulta externa de medicina interna para reavaliação e continuação do estudo etiológico.
A relevância deste caso clínico prende-se com a importância da valorização de pormenores na história clínica e evolução da miopericardite, de forma a ser alargado o estudo etiológico para entidades menos comuns, como é o caso da doença intestinal.
É relatado o caso de um doente de 20 anos, previamente assintomático, admitido por febre, sintomas respiratórios altos (rinorreia e tosse irritativa), diarreia (2 dejeções líquidas por dia, sem muco ou sangue), e toracalgia retroesternal, tipo pleurítica com uma semana de evolução. Do estudo, salienta-se alterações electrocardiográficas (elevação côncava de ST de v2-v6), elevação dos biomarcadores de necrose miocárdica e ecocardiograma sem alterações. A RM cardíaca apresenta área de edema e realce tardio intramiocárdico no segmento basal inferior, sem alterações no pericárdico.
Para completar o estudo etiológico, realizou TC abdominal com espessamento cólico parietal difuso, inespecífico, sugestivo de colite, confirmado por colonoscopia com biópsia que demonstra erosões compatíveis com colite em actividade. O estudo da imunidade e coproculturas foram negativos e calprotectina em curso. Das serologias salienta-se positividade para o adenovírus. Durante o internamento apresentou episódio de eritema pruriginoso, auto-limitado.
Teve alta do internamento hospital, com melhoria sintomática e medicado com AINE, IBP, colchicina e indicação para evição de exercício físico. Foi referenciado para consulta externa de medicina interna para reavaliação e continuação do estudo etiológico.
A relevância deste caso clínico prende-se com a importância da valorização de pormenores na história clínica e evolução da miopericardite, de forma a ser alargado o estudo etiológico para entidades menos comuns, como é o caso da doença intestinal.