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ANÁLISE CASUÍSTICA DA MORTALIDADE
Organização e gestão / novas formas de cuidados - E-Poster
Congresso ID: P001 - Resumo ID: 762
Hospital José Joaquim Fernandes, Beja
Paulo César, Pedro Fortes, Catarina Graça, Vera Guerreiro, José Vaz
INTRODUÇÃO: A mortalidade hospitalar é um indicador importante dos cuidados prestados por um serviço clínico. É influenciada pelas características do doente, da patologia em causa e das atitudes terapêuticas tomadas adequadas. Concomitantemente, as co-morbilidades podem ser avaliadas pelo nível de severidade, refletindo-se nas necessidades de consumo dos recursos hospitalares associadas a cada doente.
OBJECTIVOS: Examinar as características dos doentes falecidos num serviço de medicina interna, durante um ano, de um hospital periférico.
MATERIAL E MÉTODOS: Análise retrospetiva dos processos clínicos dos doentes falecidos e dos Grupos de Diagnósticos Homogéneos All Patient Refined, do gabinete de estatística.
RESULTADOS: Em 2016, verificaram-se 381 óbitos no serviço, que corresponde a uma taxa de mortalidade hospitalar de 15.59%. Destes 50.39% eram do sexo feminino e 49.61% do sexo masculino. A média de idades foi de 83 anos (Máx – 107 anos; Mín – 36 anos). O tempo médio de internamento foi de 8.18 dias (1 – 66 dias). Observou-se que 30.71% dos doentes exibiam um nível de severidade Major(3) e 6.04% nível Extremo(4). Em relação ao risco de mortalidade calculou-se que 29.66% apresentavam um risco Major(3), já 11.02% um risco Extremo(4). A patologia respiratória foi a principal causa de óbito (43.04%), sendo que destes casos 80.49% correspondiam a pneumonias. A patologia cardíaca foi causa em 16.80% dos óbitos, seguida da patologia neurológica (9.19%) e da renal (7.35%). Os quadros neoplásicos corresponderam a 5.51% dos óbitos.
CONCLUSÕES: De acordo com os dados, os doentes falecidos correspondiam a uma população de doentes com idade avançada, fragilizados e com quadros que exigiam recursos hospitalares consideráveis. O franco envelhecimento da população do interior do país, suscetível a co-morbilidades, é bem representada pelos dados e justifica em grande parte a elevada mortalidade hospitalar observada e o elevado consumo de recursos hospitalares.