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PARÉSIA COMO FORMA DE APRESENTAÇÃO DE UMA METASTIZAÇÃO RARA
Doenças oncológicas - Imagens em Medicina
Congresso ID: IMG130 - Resumo ID: 927
Serviço de Medicina Interna, Hospital São Francisco Xavier - Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, Lisboa, Portugal
Mafalda Miranda Baleiras, Cristina Carvalho Gouveia, Marta Pinto, Mariana Malheiro, Luís Campos
Introdução: Homem, 73 anos, índice Barthel prévio de 100. Com história de carcinoma urotelial da bexiga, submetido a ressecção transuretral vesical em 2015, com excisão completa e mantendo vigilância em consulta de Oncologia. Trazido ao serviço de urgência por diminuição da força do membro superior esquerdo (MSE) e parestesia da hemiface esquerda, com três dias de evolução. Ao exame físico, apresentava paresia facial central esquerda e força grau 4 no MSE. Realizou tomografia computorizada cerebral que mostrou hipodensidade corticosubcortical com cerca de 18mm de diâmetro, ao nível do lobo frontal direito. Foi internado para estudo etiológico. Iniciou dexametasona 4mg por dia, com resolução dos sintomas neurológicos. A ressonância magnética revelou lesão expansiva intra-axial no centro direito, hipointensa em T2 e FLAIR, com extenso edema vasogénico periférico a condicionar apagamento sulcal adjacente e moldagem do corpo do ventrículo lateral direito, compatível com secundarização. Foi admitida a hipótese de recidiva cerebral de carcinoma urotelial. Teve alta referenciado à consulta de Oncologia. Acabou por falecer pouco tempo depois de iniciar radioterapia. A metastização cerebral no cancro da bexiga é um evento incomum, com uma incidência estimada entre 0 e 7%. Dada a sua raridade, a evidência imagiológica é altamente incomum, o que confere às imagens abaixo um elevado valor pedagógico.